sábado, 13 de fevereiro de 2021

FILIAÇÃO DIVINA

RAUL TEIXEIRA
E
O ESPÍRITO JOSÉ LOPES NETO
No programa televisivo, enfocava-se a questão da multiplicidade das existências. Presentes, representantes de religiões diferentes, eram argüidos um e outro, sucedendo-se os módulos com intervalos comerciais. O interesse do público era notório, pois as perguntas chegavam, através das linhas telefônicas, de forma ininterrupta. 
E cada qual respondia de acordo com os preceitos e conceitos de sua religião. 
Alguns, com a visão unicista. 
Outros, afirmando a existência das muitas vidas, ou seja, a reencarnação.
Hora e meia passada, encerrou-se o programa. Nos bastidores, as despedidas, os comentários. Despedindo-se de um dos representantes, o espírita lhe ofereceu a mão e lhe desejou paz, enfatizando: 
-Senhor, podemos pensar diferente em muitas questões religiosas. Contudo, em uma tenho certeza que ambos concordamos: o senhor e eu, ambos somos filhos de Deus. 
Filhos de Deus! 
Já nos demos conta de que fomos criados pelo amor Divino e que somos filhos desse Ser onipotente, soberanamente justo e bom? 
Filiação Divina! 
Foi Jesus que nos apresentou a Divindade como Seu Pai e nosso Pai. 
Pai de todos nós. 
Deus é Pai porque criou tudo e todos, estabelecendo que todos deverão “aprender a administrar tudo, ao longo das experiências evolutivas.” 
Deus é Pai porque faz questão de colocar Sua criação nas escolas dos Mundos, a fim de a retirar da ignorância e lhe abrir o entendimento a respeito de tudo que existe no Universo. 
Deus é Pai porque toma as lições aos Seus filhos, verificando a cada passo se os ensinamentos da vida abundante foram assimilados. 
Deus é Pai porque não pune. Antes, permite o resgate das faltas cometidas. 
Pelo exercício do livre arbítrio, dá a cada um a possibilidade de ser feliz ou desventurado, aprendendo a ser senhor do seu destino. 
Deus é Pai porque renova os ensejos das realizações, permitindo o avanço gradual e contínuo dos Seus filhos, no rumo da vivência feliz que todos anelamos. 
Deus é Pai porque nos aconchega quando a frieza do Mundo nos vergasta a alma. Quando a lágrima e a dor nos visitam, nos conforta. 
Enfim, por nos equilibrar em cada momento da existência sobre o Mundo, seja de felicidade ou de tormenta. 
Deus é Pai porque nos enseja a capacitação nas aprendizagens mais específicas ou mais gerais. Para escola, nos oferta o planeta em que nos movemos e como laboratório, a infinitude do Universo. 
Deus é Pai porque nos criou para a perfeição, aguardando que galguemos os degraus do progresso, no rumo dos altos céus. 
Deus é Pai porque providencia tudo, tendo Seu olhar previdente sobre nós, sempre pronto a nos atender. 
* * * 
Ante nossa ímpar qualidade de filhos de Deus, não menosprezemos a nossa própria possibilidade de nos desenvolver. 
Ante esta constatação de filiação Divina, reconheçamos que devemos nos portar como filhos do Grande Senhor, atentos e atenciosos. 
Tenhamos em mente que todos os seres humanos somos irmãos e assim, sejamos fraternos e cooperadores uns com os outros. 
Tudo isso, para fazer jus a essa condição que nos torna venturosos sobre a Terra, na condição de filhos de Deus. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. A paternidade de Deus, do Espírito José Lopes Neto, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

Nenhum comentário:

Postar um comentário