domingo, 14 de fevereiro de 2021

FILOSOFIA INFANTIL

Ele era um veterinário experiente e foi chamado para examinar um cão de raça irlandesa, chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa lisa e seu garotinho Shane eram muito ligados a Belker e esperavam por um milagre. O veterinário examinou o cão e descobriu que ele estava morrendo de câncer. Disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e se ofereceu para proceder à eutanásia para o velho cão, em sua casa. Enquanto faziam os arranjos, Ron e lisa contaram ao profissional que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de 4 anos de idade, observasse o procedimento. Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência. No dia seguinte, o veterinário sentiu o familiar aperto na garganta, enquanto a família de Belker o rodeava. Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que o profissional ficou a pensar se ele entendia o que estava se passando. Dentro de poucos minutos, Belker se foi, pacificamente. O garotinho parecia aceitar a transição do amigo, sem dificuldade ou confusão. Então, após a morte do animal, todos se sentaram juntos, pensando alto sobre o fato da vida dos animais ser mais curta que a dos seres humanos. Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, finalmente disse: 
-Eu sei porquê. 
Abismados, todos se voltaram para ele. O que saiu de sua boca, os assombrou. Nunca haviam escutado uma explicação mais reconfortante. Ele disse: as pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e serem bons, certo? 
O garoto de quatro anos continuou:
-Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto. Portanto, não precisam ficar por tanto tempo. 
Interessante pensamento de um menino de quatro anos que traduz o sentimento de conforto e proteção que o cão lhe passava. 
Filosofia infantil que nos leva a meditar. 
Todos nascemos e renascemos na Terra para o aprendizado, para o crescimento intelectual e moral. 
Exatamente nesta ordem. 
O que nos compete, portanto, é aproveitar ao máximo os anos de vida, aprimorando o intelecto e progredindo em moralidade. 
Aprender a desculpar as pessoas, relevar atitudes de criaturas enfermas da alma, perdoar. 
Amar a todos todo o tempo, com certeza, demorará um tanto mais. 
Mas valem as tentativas, o aplacar o desejo de vingança, o não desejar mal a quem nos magoou fortemente, a quem nos relegou ao abandono.
Conviver com os diferentes, compreender atitudes que nos podem, à primeira vista, parecer estranhas, faz parte do crescimento individual. 
O Senhor das estrelas, estando entre nós, lecionou o amor incondicional a todos. 
Mestre incomparável, amou aos próprios algozes, suplicando ao pai perdão para os atos insanos que cometiam, condenando-o à terrível morte na cruz. 
Vivamos, pois, cada dia, conquistando intelectualidade e moral, sem desânimo. 
Um dia, que poderá não estar tão distante, vestidos de luz, haveremos de sentir o prazer de ser bom, de viver no bem, de amar de forma plena e incondicional. 
Pensemos nisso... 
Equipe de Redação do Momento Espírita com base em história de autor desconhecido. MHM. 
14.10.2006.

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