Ele era um veterinário experiente e foi chamado para examinar um cão de raça irlandesa, chamado Belker.
Os proprietários do animal, Ron, sua esposa lisa e seu garotinho Shane eram muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.
O veterinário examinou o cão e descobriu que ele estava morrendo de câncer.
Disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e se ofereceu para proceder à eutanásia para o velho cão, em sua casa.
Enquanto faziam os arranjos, Ron e lisa contaram ao profissional que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de 4 anos de idade, observasse o procedimento.
Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.
No dia seguinte, o veterinário sentiu o familiar aperto na garganta, enquanto a família de Belker o rodeava.
Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que o profissional ficou a pensar se ele entendia o que estava se passando.
Dentro de poucos minutos, Belker se foi, pacificamente.
O garotinho parecia aceitar a transição do amigo, sem dificuldade ou confusão.
Então, após a morte do animal, todos se sentaram juntos, pensando alto sobre o fato da vida dos animais ser mais curta que a dos seres humanos.
Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, finalmente disse:
-Eu sei porquê.
Abismados, todos se voltaram para ele. O que saiu de sua boca, os assombrou.
Nunca haviam escutado uma explicação mais reconfortante.
Ele disse: as pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e serem bons, certo?
O garoto de quatro anos continuou:
-Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto. Portanto, não precisam ficar por tanto tempo.
Interessante pensamento de um menino de quatro anos que traduz o sentimento de conforto e proteção que o cão lhe passava.
Filosofia infantil que nos leva a meditar.
Todos nascemos e renascemos na Terra para o aprendizado, para o crescimento intelectual e moral.
Exatamente nesta ordem.
O que nos compete, portanto, é aproveitar ao máximo os anos de vida, aprimorando o intelecto e progredindo em moralidade.
Aprender a desculpar as pessoas, relevar atitudes de criaturas enfermas da alma, perdoar.
Amar a todos todo o tempo, com certeza, demorará um tanto mais.
Mas valem as tentativas, o aplacar o desejo de vingança, o não desejar mal a quem nos magoou fortemente, a quem nos relegou ao abandono.
Conviver com os diferentes, compreender atitudes que nos podem, à primeira vista, parecer estranhas, faz parte do crescimento individual.
O Senhor das estrelas, estando entre nós, lecionou o amor incondicional a todos.
Mestre incomparável, amou aos próprios algozes, suplicando ao pai perdão para os atos insanos que cometiam, condenando-o à terrível morte na cruz.
Vivamos, pois, cada dia, conquistando intelectualidade e moral, sem desânimo.
Um dia, que poderá não estar tão distante, vestidos de luz, haveremos de sentir o prazer de ser bom, de viver no bem, de amar de forma plena e incondicional.
Pensemos nisso...
Equipe de Redação do Momento Espírita com base em história de autor desconhecido.
MHM.
14.10.2006.
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