DIVALDO PEREIRA FRANCO E JOANNA DE ÂNGELIS |
Afinal, a família do amigo, do vizinho é sempre melhor. A mãe do amigo é compreensiva, o pai ouve o filho.
Alguns chegam a dizer que se sentem estranhos no seu lar, que prezariam imensamente serem filhos dessa ou daquela família.
E levam tão a sério suas afirmativas, que não é raro se encontrar meninos e meninas a passar dias e dias em casa de amigos.
Porque é lá, naquele ambiente, que se sentem muito bem.
Por que isso acontece?
Primeiro, temos que considerar que os pais, como responsáveis pela educação dos seus rebentos, de contínuo estão a chamar a sua atenção para os seus deveres, suas obrigações.
É a escola, o dever de casa, as pequenas tarefas do lar, a limpeza do quarto.
Tais questões habitualmente fazem que o jovem se sinta pressionado em seu lar, enquanto no do amigo, nada lhe é exigido, desde que ele é visita.
E visita merece tratamento especial, mesmo porque a sua educação não é dever dos seus anfitriões.
Outro detalhe a se considerar é que alguns de nós, verdadeiramente nascemos em famílias não muito simpáticas a nós.
Tal ocorre como parte do nosso aprendizado, dentro da lei de causa e efeito, pois que, provavelmente em anteriores experiências na carne, descuramos dos afetos familiares, menosprezamos o seu convívio.
Retornamos assim, para viver entre seres indiferentes ou até antipáticos.
Mas, se imaginam que, em tais circunstâncias, deve-se desconsiderar a família atual, enganam-se.
Para nossa própria edificação, é importante que essa família, hoje somente unida pelos laços corporais, se transforme em uma família verdadeira, unida pelos laços do afeto.
Cabe-nos, portanto, trabalhar para isto.
Quando a situação parecer meio difícil, dentro do lar, recorrer à oração.
Se a conversa se encaminha para uma discussão, sair um pouco, esfriar a cabeça e retornar depois para um diálogo ameno.
Se um ou outro membro da família nos é antipático, meditemos que não é o acaso que nos reúne, que motivos muito graves nos levaram a estar juntos no hoje e comecemos a olhá-lo, buscando descobrir suas virtudes.
Se, ao sairmos desta vida, pudermos levar como trunfo em nossa bagagem espiritual, o termos conquistado um ou mais membros da nossa família, com certeza teremos realizado algo muito proveitoso para nossa vida, como Espíritos eternos.
Porque conquistar um Espírito indiferente ou antipático, transformando-o em amigo é algo que jamais se perderá.
* * *
A fraternidade é sol para as almas e um roteiro para a vida.
Ela começa sempre no lugar onde estamos, para que possamos alcançar a região que desejamos.
Exercitar a fraternidade é deixar-se envolver pela lição de amor de Jesus Cristo, libertando o Espírito e enriquecendo os sentimentos.
Redação do Momento Espírita, utilizando, ao final, pensamento
extraído do livro Repositório de sabedoria, verbete Fraternidade, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6. ed. FEP.
Em 9.1.2014.
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