quinta-feira, 10 de setembro de 2020

FALTA DE TEMPO

Mesmo sabendo que os dias e as horas são feitas dos mesmos segundos, desde sempre, você já teve a sensação que os dias parecem mais curtos? 
Já escutou de alguém a reclamação de que falta tempo, de que não se consegue fazer tudo o que é necessário? 
Sempre a sensação de que os natais estão mais próximos, que os aniversários se repetem mais rapidamente e que tudo passa muito rápido? 
Ocupamos, de tal forma, o tempo que o tornamos escasso, sempre a nos faltar, sempre a necessitarmos mais. 
Há aqueles que afirmam que precisariam de um dia com 25 horas. E se isso acontecesse, a próxima sensação seria de que não é suficiente, e mais uma hora solicitariam para fazer todas as coisas que se propuseram no dia. 
Como essa vontade de que o dia se estenda, que ganhe mais horas, que se adapte às nossas necessidades, é utópica, ficamos com uma certeza: teremos sempre o mesmo tempo e as mesmas horas do dia. 
Se não conseguimos fazer tudo o que gostaríamos ao longo do dia, do mês, é porque, possivelmente, nos tenhamos proposto a fazer coisas em demasia, no tempo de que dispomos. Se não fizemos tudo o que pensávamos, fizemos aquilo que escolhemos fazer, aquilo que priorizamos. 
E a mágica do tempo é exatamente esta: prioridade. 
Tudo o que não conseguimos fazer, é justamente porque não priorizamos, porque atribuímos menos importância, valor ou necessidade. 
O tempo é feito de prioridades. 
E, se nos sentimos insatisfeitos com a forma com que temos empregado nosso tempo, é hora de rever as prioridades. 
Na Terra, nossa vida tem um tempo para começar e um tempo para acabar. 
Ela é finita. 
Nossa alma é imortal e continuará a viver após a morte do corpo físico, mas o tempo que temos nesta existência é finito. 
Assim, vale a pena refletir em como e em que o temos empregado.
Lembrando o ensino de Jesus de que onde estiver nosso tesouro aí estará nosso coração, podemos entender que priorizaremos o tempo, baseando-nos nas coisas e nos valores que trazemos na alma. 
Assim, vale pesar em nossas escolhas, para bem usar o tempo, o entendimento de que estamos na Terra para experienciar e aprender as coisas e as Leis de Deus. 
Se é importante empregar o tempo no trabalho digno, no amealhar o dinheiro para o conforto que o mundo pode proporcionar, também devemos empregá-lo para as coisas que não se contabilizam nos valores da Terra. 
Então, não deixemos de investir nas coisas da alma e do coração.
Guardemos horas preciosas da semana para uma leitura sadia, para o convívio com a família, para uma atividade de voluntariado, para auxiliar o próximo. 
Priorizemos um tempo para olhar nos olhos do nosso filho e ler o que lhe passa na alma, para namorar quem amamos, seja esse amor de alguns meses ou de algumas décadas. Ou para visitar alguém em dificuldade.
Somente poderemos dizer que não dispomos de tempo para todas essas atividades, se elas não forem eleitas como nossas prioridades.
Pensemos nisto: ao concluir o tempo de mais esta existência terrena, inevitavelmente, cada um de nós responderá em como e em que utilizou o precioso tempo. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 03.09.2010.

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