sexta-feira, 24 de abril de 2020

TEMPO DE PLANTAR E DE ARRANCAR O QUE SE PLANTOU!

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer. Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou. O trecho extraído do livro bíblico Eclesiastes nos faz lembrar dos ciclos da vida. Há um tempo para tudo. Recorda-nos igualmente que a existência, a vida, é como uma gleba, um terreno fértil que todos recebemos ao nascer. Cada um pode plantar o que quiser, quando e como quiser. No entanto, as leis universais nos falam que há também o tempo de colher, de arrancar o que se plantou. Tudo que se planta, se colhe. Um provérbio oriental já dizia que o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória. Desde o momento que adquirimos consciência e responsabilidade pelos nossos atos, a semeadura se torna, igualmente, consciente e responsável. Quanto ao que plantamos, consideremos que algumas sementes florescem rapidamente, outras não: exigem anos, décadas, séculos. Ao plantar um pé de alface, por exemplo, poderemos colhê-lo em poucas semanas. O mesmo não acontece com o café. Um pé de café leva anos para nos ofertar os primeiros frutos. Assim são nossas semeaduras. Ao semear simpatia e gentileza no dia a dia, certamente verificamos os resultados em pouco tempo e em muitos corações. São as sementes que brotam rapidamente em forma de amorosidade que retorna a quem oferta. Quando semeamos alegria e otimismo onde estamos, podemos perceber, quase que de pronto, a modificação nos ares que nos cercam. Pensamentos elevados, construtivos, transformam a psicosfera, purificam a estrada por onde passamos. Existem, no entanto, os plantios de longo prazo. A semeadura de amor no coração endurecido de um filho exige cuidados permanentes, rega, poda, iluminação e húmus enriquecido. É semelhante ao cultivo do pé de café. Poderão transcorrer anos, por vezes, sem vermos qualquer resultado. Há mães e pais que não terão a oportunidade de colher os frutos nesta encarnação, pois sua missão primeira é a da semeadura e a da manutenção do plantio. São plantas que desabrocharão mais tarde, depois de muito trabalho e dedicação, até de outros jardineiros, quem sabe, pois tudo tem o seu tempo determinado: tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou. Mas sempre é tempo de plantar. Uma terra ociosa é uma terra inútil. Nela crescerá o joio indesejado que tomará o lugar dos belos jardins. Todos sonhamos com a felicidade, e quem sabe seja essa a melhor colheita de todas. Perguntemo-nos se temos feito o nosso plantio. Temos realizado os devidos cuidados no cultivo? Como sonhar com maçãs se só deixamos crescer ervas daninhas em nosso quintal? A vida é uma gleba, um terreno fértil que todos recebemos para utilizar como bem quisermos. A semeadura é livre, o cultivo é de responsabilidade só nossa. E a colheita é certa, no seu tempo determinado. Pensemos nisso, hoje, agora. 
Redação do Momento Espírita, com citação do livro bíblico Eclesiastes, cap. 3, versículos 1 e 2. 
Em 24.4.2020.

Nenhum comentário:

Postar um comentário