segunda-feira, 12 de novembro de 2018

PRUDÊNCIA

JOANA DE ÂNGELIS
E
DIVALDO PEREIRA FRANCO
Prudência é atitude de sabedoria. Prudência no falar; prudência no agir; prudência no pensar. Eis uma importante virtude da alma. O falar com prudência nos conduz a uma atitude refletida, pois muitas vezes perdemos o domínio das palavras que, desatreladas, produzem incêndios, promovem conflitos e muitos outros desastres. A palavra não pronunciada é patrimônio precioso de que o ser humano se pode utilizar no momento justo. A palavra liberada pode se converter, quando dita sob ofensas, em castigo que volta a punir o irresponsável que a libera. A ação precipitada, sem a necessária prudência, invariavelmente causa desacertos e aflições sem nome, conduzindo as vítimas ao despenhadeiro do insucesso, em cuja rampa o remorso sempre chega tarde. Antes de agir o homem é depositário de todos os valores que pode investir. Após a ação colhe os resultados do ato. Salutar, dessa forma, agir, através da ponderação a fim de que a atitude não se converta em algoz, que escravize quem a praticou. Pensar prudentemente. Uma ofensa que nos chega aos ouvidos, nos ferindo, pode nos conduzir a uma posição exaltada, impedindo, em consequência, a perfeita ordenação mental. Observamos o ocorrido através de ângulos falsos, distorcidos, numa apreciação perturbada, e os resultados são quase sempre danosos. Pensar refletindo, aí está a prudência. Ouvir, criando o hábito de ponderar, para então chegar às legítimas conclusões em torno dos verdadeiros problemas da vida. Precipitado, Napoleão conquistou a Europa e, refletindo, meditou tardiamente nos erros cometidos, na ilha de Santa Helena. Conduzido pela supremacia da força, Alexandre Magno dominou o mundo e febres estranhas tomaram conta de seu corpo jovem, antes das reflexões de que muito necessitava. Com prudência Jesus pensou, falou e agiu, em todas as oportunidades. 
* * * .
Toda ação prudente é cautelosa. Porém, ao contrário do que pensa o senso comum, prudência não é morosidade. A virtude da prudência, aliás, é o justo meio entre dois extremos, como tão bem colocou Aristóteles: De um lado a inação ou a lentidão; no outro extremo a precipitação, a pressa. Ela estará no equilíbrio, no ponto central. Prudência não admite perda de tempo. É rápida e certeira, pois o tempo é inerente a ela. Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas foi o conselho de Jesus, na preparação de Seus discípulos para o trabalho que teriam pela frente. Seriam lançados como ovelhas no meio de lobos. A serpente representa a prudência, que nos permite reconhecer o mal com antecedência e assim fazer as melhores escolhas em todas as situações. A prudência é considerada por muitos como a virtude por excelência, porque através de seu exercício é que os seres humanos podem refletir e decidir com sabedoria. Por isso, sejamos prudentes. Nem apressados, nem lentos demais: prudentes... 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 43, do livro Convites da Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 12.11.2018.

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