sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

QUANTO AMOR!

ALAN KARDEC
Eu a conheci bela, nos seus trinta e cinco anos, mãe exemplar de duas crianças maravilhosas. Uma profissional bem sucedida, esposa dedicada. Ao se submeter a uma cirurgia, sofreu uma parada cardíaca, lesionando o cérebro, por falta de oxigênio. Começava ali, para ela e seus familiares, uma nova etapa em suas vidas. O olhar se tornou inexpressivo, parecendo vaguear em busca de algo. Toda a família se agregou ao seu redor, buscando dar-lhe o respaldo necessário. Mãe e irmãs, em rodízio constante, deixam seus lares para cuidá-la, na capital distante. Marido e filhos buscam adequar seus horários para colaborar. Seu lar foi transformado em um mini-hospital. Enfermeiras e médicos, de áreas diversas, se esmeram em atendimento constante. Anos se dobraram e a situação persiste. Tornei a vê-la, depois de dezoito anos. Linda na sua condição passiva, mostra uma fisionomia de serenidade plena. Firmes, seus familiares, agora com a presença também do pai, mantêm um ritmo incomparável, na atenção às suas necessidades. Nos mínimos detalhes, percebe-se a presença de um amor sem limites, que não se permite um só deslize. Pode-se dizer que ela está impecável, na sua aparência bem cuidada, e no seu estado totalmente dependente. 
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DIVALDO PEREIRA FRANCO
A lei Divina é inexorável. Devedores do ontem, rudes expiações nos podem envolver. As dificuldades podem se apresentar árduas, no entanto, a bondade Divina sempre nos providencia amparo, permitindo que, ao nosso lado estagiem amores desinteressados. Colhemos de O Evangelho segundo o Espiritismo, a belíssima mensagem: O amor é de essência divina. Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. Como todos temos essa centelha Divina, basta que nos dediquemos a praticá-lo para que se multiplique. O amor é base de todos os ensinamentos do Mestre Jesus, que o coloca na raiz de nossa felicidade, onde estivermos. É um sentimento tão especial que Jesus nos pede para o oferecermos também, aos inimigos e adversários. É por amor que Deus faz o sol nascer sobre os bons e os maus, sobre os justos e os injustos. Jesus, por amor, renunciou à glória estelar, mergulhando nas sombras da terra, a fim de elevar o homem de sua pequenez à luminosidade solar. É o amor que imprime no herói as marcas da mansidão e da justiça. É o amor que levanta o campeão do trabalho, na edificação do bem geral. É o amor que penetra a alma abrasada pela beleza e pelo bem, fazendo-a crucificar-se no ideal a que se entrega em regime de totalidade. Sendo Deus o amor, por excelência, por sermos Seus filhos, Sua criação, em nossa essência somos amor. Que essa fonte sublime jorre generosa de nós, permitindo que a sagrada linfa refresque os alheios sofrimentos. O amor de Deus, que tudo vitaliza, é o apelo para que o nosso amor vitalize uns aos outros, nesta maravilhosa aventura da evolução. 
Redação do Momento Espírita, com base em fatos; no item 9, do cap. 11 de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB e no cap. 30, do livro Terapêutica de emergência, por Espíritos diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Em 30.12.2016.

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