domingo, 25 de dezembro de 2016

NATAL EM NÓS

Eis que vos trago uma boa nova de grande alegria: na cidade de David acaba de vos nascer, hoje, o Salvador, que é Cristo, Senhor... Glória a Deus nas alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade. Assim foi anunciado, aos pastores de Belém, por um mensageiro celeste, o grande acontecimento. Nas palavras vos nascer está toda a importância do Natal. Jesus nasceu para cada um em particular. Não se trata de um fato histórico, de caráter geral. É um acontecimento que, particularmente, diz respeito a cada um. Realmente, a obra do Nazareno só tem eficácia quando individualizada. A redenção, que é obra de educação, tem de partir da parte para o todo. Do indivíduo para a coletividade. Enquanto esperamos que o ambiente se modifique não haverá mudanças. Cada um de nós deve realizar a sua modificação. Depende somente de nós. O Natal, desta forma, é aquele que se concretizará em nós, com a nossa vontade e colaboração. O estábulo e a manjedoura da cidade de David não devem servir somente para composições poéticas ou literárias. Devemos entendê-los como símbolos de virtudes, sem as quais nada conseguiremos, no que diz respeito ao nosso aperfeiçoamento. O Espírito encarnado na Terra não progride ao acaso, mas sim pelo influxo das energias próprias, orientadas por Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Assim, toda a magia do Natal está em cada um receber e concentrar em si esse advento. Jesus é uma realidade. Ele é a Verdade, a Justiça e o Amor. Onde estes elementos estiverem presentes, Ele aí estará. Jesus não é o fundador de nenhum credo ou seita. Ele é o revelador da Lei eterna, o expoente máximo da Verdade, da Vontade de Deus. Jesus é a Luz do mundo. Assim como o sol não ilumina somente um hemisfério, mas sim toda a Terra, assim o Divino Pastor apascenta com igual carinho todas as ovelhas do Seu redil. O Espírito do Cristo vela sobre as Índias, a China e o Japão, como sobre a Europa e a América. Não importa que O desconheçam quanto à denominação. Ele inspira aos homens a Revelação Divina, o Evangelho do Amor. Aqui lhe dão um nome, ali um outro título. O que importa é que Ele é o mediador de Deus para os homens, e intérprete da Sua lei. Onde reside o Espírito do Cristo, aí há liberdade. Jesus jamais obrigou ninguém a crer desta ou daquela forma. Sábio educador, sabia falar ao íntimo da criatura, despertar as energias latentes que ali dormiam. Esta a Sua obra: de educação. Porque educar é pôr em ação, é agitar os poderes anímicos, dirigindo-os ao bem e ao belo, ao justo e ao verdadeiro. Este é o ideal de perfeição pelo qual anseia a alma prisioneira da carne. Jesus nasceu há mais de vinte séculos... Mas o Seu natalício, como tudo o que dEle provém, reveste-se de perpetuidade. O Natal do Divino Enviado é um fato que se repete todos os dias. Foi de ontem, é de hoje, será de amanhã e de sempre. Os que ainda não sentiram em seu interior a influência do Espírito do Cristo, ignoram que Ele nasceu. Só se sabe das coisas de Jesus por experiência própria. Só após Ele haver nascido na palha humilde do nosso coração é que chegamos a entendê-lO, assimilando em Espírito e Verdade os Seus ensinos. 
* * * 
Neste Natal lhe desejamos muita paz. Em nome do Celeste Menino, o abraçamos irmão, amigo. Jesus lhe abençoe a vida e lhe confira redobradas oportunidades de servir no bem. Que Sua mensagem de amor lhe penetre a alma em profundidade e que juntos possamos, em nome dEle, espalhar sementes de bondade, pela terra árida e sofrida dos que não creem, porque ainda não O conhecem. 
Feliz Natal! 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 4, do livro Na seara do Mestre, de Vinícius, ed. FEB. Em 22.12.2016.

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