Chamamos vendaval e a própria palavra, ao ser pronunciada, recorda destruição.
Sua passagem determina queda de árvores e postes de energia; destelhamento de casas e edifícios; destruição de pontes e outras estruturas; danos em linhas de transmissão de energia e comunicação; arrasa vastas semeaduras.
Em sua violência, arremessa objetos como telhas, galhos de árvores, atingindo quem esteja em seu caminho.
Ele é assim.
Surge violento e se vai, deixando um rastro de desolação e dor: patrimônios danificados, natureza tombada, searas arrasadas, pessoas feridas ou mortas.
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MARIA HELENA MARCON |
Ou investimos contra as coisas inanimadas, em agressões tolas, como se fossem culpadas por qualquer desacerto que nos ocorra.
Semelhantes ao vendaval, deixamos que a irritação nos domine e despejamos a fúria do nosso verbo, em palavreado grosseiro, atingindo os ouvidos alheios.
Em outros momentos, pelo cansaço do trabalho, pelas dificuldades que nos cabe enfrentar, nos permitimos responder agressivamente a qualquer coisa que nos indaguem.
Nem percebemos que amedrontamos nossos filhos, assustamos os que estão próximos, afastamos os que nos amam.
Como o vendaval, arrasamos as paisagens doces do afeto e semeamos tristeza nos corações dos que convivem conosco no lar, no trabalho, na vida social.
Será que desejamos ser esse promotor de coisas tristes?
Será mesmo que desejamos impor pavor, com nossa simples presença, desde que todos ficam à espera de que, de rompante, tornemos a explodir?
Desejamos permanecer vendaval?
Que tal renovarmos nossa maneira de agir, deixando de reagir?
Comecemos a reter o verbo impensado e louco.
A palavra nos é dada para a comunicação, para o entendimento.
Adocemos as palavras, a entonação da voz.
Tornemo-nos a brisa leve que areja o ambiente.
Sejamos o vento calmo que beneficia o nosso entorno, refrigerando o ar, transmitindo tranquilidade.
Formulemos, de imediato, a nova resolução.
Amanhã, quando despertar o dia, ergamo-nos do leito dispostos a nos tornarmos a brisa amena, solta e leve.
Essa que chega mansa e abraça, com delicadeza, os que encontra em sua passagem.
Nosso tempo neste planeta é tão breve, tão passageiro.
Cultivemos afeto, boas lembranças, para deixar como nosso legado.
Que todos os que conviverem conosco ou nos encontrarem em seu caminho, possam dizer:
-Que brisa suave, delicada, como faz bem à alma.
Quem sabe quantos, à nossa passagem, possam se beneficiar dessa nossa vibração amena, de quem deseja paz para si e para todos.
E sejamos saudados, onde quer que nos apresentemos, com sorrisos de boas-vindas e alegria, que nos dirão que todos se sentem muito felizes com nossa presença.
Sejamos brisa leve e amena, arejando delicadamente os caminhos dos que nos seguem, dos que compartilham esse mesmo tempo de renovação.
Redação do Momento Espírita, com base no texto
Vendaval e brisa leve, do Espírito Marina, psicografia de
Maria Helena Marcon, no Centro Espírita Ildefonso Correia,
em Curitiba/PR, em 16.9.2024.
Em 9.12.2024.
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