Era terreno seco, terreno hostil.
Tudo que não era Ele, era incerto.
Era apenas espera à margem de rio.
Água de poço... não matava sede.
Não havia peixe... onde caía a rede.
Tudo que não era Ele, era deserto.
Terra sem sal, mundo sem luz.
Um grande areal, onde não se produz.
Tudo que não era Ele, era deserto.
Era terreno seco, terreno hostil.
E as almas sem viço, e as almas sem verso,
Eram sonhos de água em vasos vazios.
* * *
Jesus não veio somente para dividir o calendário de uma grande parte do mundo. Não é isso que o faz grande.
Calendários são convenções e poderiam ser apenas imposições dessa ou daquela cultura dominante em determinada época.
O antes e depois dEle não diz respeito ao tempo ou a algo estabelecido pelos padrões do mundo terreno.
É muito maior que isso.
Quando começamos a pesquisar a existência desse Espírito, nos surpreendemos com relatos que mostram Jesus participando da formação do planeta Terra.
As informações espirituais O chamam de divino escultor e narram, com beleza indefinível, os primeiros instantes cósmicos do planeta:
-Ele operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o Seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça.
Com os Seus exércitos de trabalhadores devotados, estabeleceu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, a partir de uma unidade substancial, existente por toda a parte no Universo.
Sob as vistas de Deus, organizou o cenário da vida, criando o que fosse indispensável para a existência dos seres que a viriam habitar.
São narrações de fatos ocorridos há bilhões de anos.
E Jesus já era esse Espírito perfeito a quem foi confiado, por Deus, o cuidado de um planeta, para que o preparasse para os povos que nele realizariam suas jornadas, umas após outras.
Foi esse mesmo Espírito que, depois de toda essa preparação, programou a Sua própria vinda a este mundo, permanecendo aqui pouco mais de trinta anos.
Foi esse mesmo Espírito de luz, que conhecia os mistérios do Universo e suas leis que, humilde, nasceu entre nós, obedecendo todas as regras da Terra.
Foi concebido por mãe e pai, teve infância, adolescência e vida adulta, em corpo material.
Conviveu conosco, compartilhou Sua sabedoria com os que estávamos na Terra naqueles dias, desde os mais simples aos mais sábios.
Fez questão de exaltar a simplicidade e pureza de coração.
Realmente, tudo que não era Ele ainda era deserto, naquela época, pois Ele veio trazer a água viva, a água verdadeira que mata a sede da alma.
Sua mensagem permanece.
Ele também, pois continua conosco, prossegue acompanhando a evolução do planeta e coordenando seus destinos.
Muitos ainda somos sonhos de água em vasos vazios.
O poço está aqui, ao nosso lado, sempre esteve.
Se desejarmos, podemos saciar para sempre nossa sede de verdade, justiça e amor.
Redação do Momento Espírita, com base em poema de
Andrey Cechelero intitulado Tudo que não era Ele e no
cap. 1, do livro A caminho da luz, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 27.3.2024.
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