sábado, 30 de janeiro de 2021

FILHOS DE DEUS

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANNA DE ÂNGELIS
Enquanto estamos na Terra, na roupagem carnal, alimentamos muitas ilusões. 
Também um igual número de ambições. 
Entre essas, a de conquistarmos títulos. 
A História registra que, até há poucos anos, o que mais disputávamos eram os títulos de nobreza. Quando não nascíamos nobres, nos permitíamos qualquer coisa, até mesmo distanciados da ética e da moral. Tudo para sermos agradáveis aos poderosos e lhes conquistar as graças. Como consequência, quem sabe, um título de nobreza. 
Foram períodos de tristes lembranças. 
Nos dias atuais, a disputa não é menor. 
Desejamos títulos e destaques nas colunas sociais, buscamos projeção política. Alguns fazemos questão de colecionar títulos honoríficos de instituições assistenciais e religiosas. Por isso, às vezes, nos candidatamos a cargos, sem, no entanto, abraçarmos os encargos que eles exigem. O que nos importa é somente a denominação.
Porém, existe um título muito precioso e que todos temos. 
Nem sempre nos apercebemos que o detemos ou quão importante ele é.
É o título de filho de Deus. 
Que título maior podemos almejar? 
Somos filhos de Deus, cujo amor inunda o Universo e se encontra nas fibras mais íntimas de cada um de nós. 
Ser filho é ser herdeiro. 
Somos herdeiros do Universo. 
Por direito natural, possuímos tudo que é de Deus, bastando somente que desenvolvamos os dons latentes em nós, a fim de que possamos desfrutar de toda essa grandeza. 
Somos herdeiros das ideias sublimes, desde que o Pai nos fez à Sua imagem e semelhança. 
Ideias sublimes que nos proporcionam a inteligência para conquistar espaços, penetrar o mecanismo da vida e decifrar os enigmas desafiadores da sabedoria. 
Filhos de Deus somos todos nós. 
Com uma imensa herança a nos aguardar, além daqueles bens de que já usufruímos, como o ar, a água, os planetas que utilizamos como moradia, os mil detalhes da Criação que nos servem e sustentam. 
Para a conquista de todos esses tesouros, é imprescindível a confiança e a fé. 
Igualmente o esforço para desdobrarmos as capacidades adormecidas em nós mesmos. 
E, naturalmente, se temos tantos bens e tantos direitos, como filhos de Deus, também temos deveres. 
O primeiro de todos é o de nos vermos como filhos do mesmo Pai, herdeiros do Universo, usufrutuários de todas as Suas bênçãos. 
Bênçãos generosas, distribuídas a todas as horas, mesmo para aqueles que não admitem a Paternidade Divina, um criador excepcional. 
O Pai é somente um, o Criador, a Causa incausada de todos os seres e de todas as coisas. 
O segundo dever é de nos amarmos, pois o Pai a todos ama de igual forma. 
Como Pai, Ele não deixa de fora nenhum dos Seus filhos. 
A ninguém deserda. 
Mais cedo ou mais tarde todos haveremos de compreender o plano divino e a Ele nos amoldaremos. 
Nesse dia, sairemos da infância espiritual em que nos situamos para a maioridade. 
Nesse dia, utilizaremos e nos felicitaremos com todos os tesouros da Criação. 
Nesse dia, seremos felizes. 
Redação do Momento Espírita, com base na introdução e no cap. 5, do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 16.6.2020.

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