É comum os pais ouvirem de vizinhos, amigos e colegas de turma de seus filhos, elogios ao comportamento deles.
Os professores afirmam:
-Seu filho é maravilhoso.
Surpreendidos, os pais se perguntam:
-Será mesmo de meu filho que eles estão falando? Daquele garoto emburrado e de mau humor que tenho em casa? Como pode?
Por vezes, são os próprios pais que descobrem como os filhos mudam de atitude quando chegam perto deles. Os pais os veem na escola, junto a colegas, usando de gentileza e amabilidade.
Chegam a ser serviçais, quando em casa criam um clima de guerra, porque se lhes pede cooperação na lavagem das calçadas, do carro, no cuidado ao irmão menor.
Interessante também que os pais sugerem, orientam e têm as suas opiniões rechaçadas pelos filhos adolescentes, como sendo quadradice, preocupações de velhos. Mas, se um professor, ou o pai de um amigo diz as mesmas coisas, a aceitação é plena, total.
Isto faz com que os pais reajam negativamente e expressem sua irritação aos filhos.
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Se tudo isso estiver acontecendo em seu lar, talvez o ajude saber que esse comportamento é temporário e que você tem o poder de influir sobre ele.
Algumas dicas são importantes. Lembre-se de quantas coisas irritavam você, quando adolescente.
Coisas pequenas que lhe machucavam, como sua mãe ir cantarolando no carro, acompanhando as músicas do rádio, enquanto transportava você e os colegas para a escola.
Nesse caso, a irritação do filho não é pelo que o pai ou a mãe fazem perante seus amigos, mas por serem exatamente seus pais a fazerem isso.
Depois, tente modificar sua argumentação. Por exemplo, em vez de: Por que está com esta cara? Experimente: Parece que você não concorda comigo. Qual é sua opinião?
Assim, você estará demonstrando que percebeu que ele não gostou do que você disse ou fez e está disposto a ouvir a opinião dele.
O importante, no relacionamento entre pais e filhos, é construir pontes, não barreiras. Pontes que conduzam a um melhor entendimento, à compreensão um do outro, ao diálogo, à boa e saudável convivência.
Quando ele chegar atrasado, não dê bronca no estilo: Por que não telefonou? Você só pensa em si mesmo!
Utilize algo como: Você demorou muito além do esperado. Fico muito preocupado com suas demoras. Por favor, numa outra vez, lembre-se de telefonar.
Essas pequenas fórmulas, além de melhorar em muito o relacionamento, demonstrarão confiança e serão excelentes formas de estimular o comportamento responsável.
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É próprio da adolescência contestar, ser do contra, reclamar.
Faz parte da fase de transição pela qual passa a criança a caminho da juventude.
O adolescente deseja ardentemente ser orientado. Ele sabe que o que os pais falam e exigem é uma necessidade.
Essas afirmativas são demonstradas por estudos e pesquisas realizadas com adolescentes das várias camadas sociais e de ambos os sexos.
Por isso, eduque sempre, servindo-se do amor e da energia, filha da sabedoria de quem já trilhou as mesmas veredas, sofreu e aprendeu.
Redação do Momento Espírita com base no artigo
Mas que filho maravilhoso você tem, publicado em
Seleções Reader´s Digest, de março de 1999.
Em 28.07.2010.
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