Uma delas reside no comportamento do filho pródigo.
No princípio, ele se deixa seduzir pela tentação dos vícios. As paixões cintilam aos seus olhos e ele decide vivê-las. Pede recursos ao pai e se lança no mundo.
Parte para longe de sua família e dissipa a própria herança.
Entretanto, a vida o convida a rever seus valores e atitudes.
Uma grande fome se faz no local que ele escolhera para viver.
Enquanto passa duras necessidades, reflete sobre a abundância que existe na casa paterna.
É então que começa a retificar o seu íntimo.
Não pretende fugir às conseqüências dos próprios atos.
Não almeja viver fartamente.
Aliás, não pretende sequer ser tratado como filho.
Contenta-se em ser admitido pelo pai como um simples trabalhador de suas terras.
Tomada a resolução, lança-se na estrada. A viagem feita na riqueza agora é refeita na pobreza, em sentido contrário. Certamente são muitas as dificuldades para vencer as distâncias. Mas ele não esmorece e chega na propriedade da família.
Confessa ao pai o arrependimento e suas novas disposições.
Entretanto, grande é o júbilo do senhor da terra com o retorno do filho.
Ele providencia os melhores sinais de boa acolhida, como boas vestes, anel no dedo e festa.
* * *
O filho pródigo representa o Espírito que se deixa seduzir pelas paixões mundanas.
Tendo recebido preciosos tesouros do Criador, ele os consome inconseqüentemente.
Vidas que deveria aproveitar para aprimorar-se e fazer o bem, ele gasta com bobagens.
Permite-se atos desonrosos e converte-se em um mendigo espiritual.
Essa situação já foi vivenciada, em maior ou menor grau, por quase todos os Espíritos que ora jornadeiam no planeta Terra.
Agora, eles vivem a jornada de retorno.
Por entre dificuldades, necessitam refazer o caminho para a casa paterna, que representa o equilíbrio e a paz.
Nesse momento evolutivo, convém recordar o corajoso exemplo do filho pródigo.
Ele assumiu valorosamente as conseqüências de seus atos.
Na hora da reparação, não se rebelou e nem reclamou.
Não desejou a chegada de uma confortável liteira para reconduzi-lo ao local de que saíra de livre e espontânea vontade.
Reuniu suas forças e refez o caminho, resolutamente.
Assim, se as dificuldades se apresentam em sua vida, não se imagine vítima e nem brade contra os Céus.
Veja nelas o seu caminho para a conquista da paz e do bem-estar.
Trilhe-o com coragem e dignidade, certo de uma acolhida generosa, ao término da jornada.
Redação do Momento Espírita.
Em 22.10.2008.
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