quarta-feira, 8 de julho de 2020

EXPRESSÃO DA GRATIDÃO

Marquês de Lafayette
A gratidão é um dever. 
Contudo, poucos de nós a cultivamos. Por temperamento, às vezes nos retraímos quando deveríamos exteriorizar o sentimento. Por não traduzirmos os tesouros da boa palavra e da gentileza, esses tesouros vão enferrujando nos cofres do nosso coração. Quantas dádivas, oportunidades, bênçãos, favores recolhemos sem dizermos nada além de uma formal expressão de reconhecimento. E a gratidão não faz bem somente a quem lhe recebe a manifestação, aquecendo-lhe o coração. Também reconforta quem a oferece.­ 
Conta-se que, durante a sua luta pela conquista da liberdade, os Estados Unidos tiveram a ajuda de um nobre francês de nome Lafayette, que logo se tornou amigo de George Washington e o tomou por ideal. Em 1824, já idoso, Lafayette visitou cada Estado e Território da União, recebendo muitas honrarias. Eram recepções, bailes, jantares que se sucediam. Numa das recepções, apresentou-se na fila de convidados para saudar o velho nobre francês, um soldado vestido com um uniforme todo roto. Nas mãos trazia um mosquete e, ao ombro, um pedaço de cobertor. Quando chegou frente a Lafayette, o veterano bateu continência e perguntou:
-“Sabe quem eu sou?” 
-“Na verdade não posso dizer que sim”, respondeu com franqueza. 
-“Pois vou lhe avivar a memória, general. Numa noite gélida, o senhor fazia a ronda. Encontrou um sentinela com roupas leves e sem meias. Estava quase morrendo congelado. O senhor lhe tomou das mãos a arma e ordenou: ‘Vai à minha cabana. Lá encontrarás meias, um cobertor e fogo. Depois de te aqueceres, traze o cobertor para mim. Enquanto isso, eu ficarei de guarda.’ O soldado obedeceu as ordens. Quando voltou para o posto, o senhor rasgou o cobertor em dois pedaços. Ficou com uma das partes e deu a outra ao sentinela. General, aqui está uma das metades daquele cobertor, pois eu sou o sentinela cuja vida o senhor salvou.” 
A regra de ouro é sempre bendizer àqueles que nos ofertam assistência e auxílio. Não nos cabe desconsiderar a gratidão como o gesto de ternura, a palavra cálida, a atenção gentil, o sorriso expressivo de afeto espontâneo. Doemos sempre nossa expressão de reconhecimento aos que se tornam nossos protetores na Terra, não esquecendo de que eles representam a materialização do amor de nosso Pai, na dura jornada que nos cabe trilhar. 
Você sabia? ...que Lafayette tinha somente 19 anos de idade quando deixou o seu País para lutar pela liberdade americana? 
E que, ao chegar aos Estados Unidos, disse que fora lá para aprender, e não para ensinar? 
Em nome da amizade que devotou a George Washington deu ao próprio filho o nome de Washington. 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no texto Fraternidade de longa data, de Fanny E. Coe, de O Livro das virtudes, v. 2, de William J. Bennet, ed. Nova Fronteira e no cap. 26 do livro Convites da vida, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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