Quando um filho apresenta qualquer problemática, de forma natural, os pais se esmeram, não somente para lhe resolver ou atenuar a dificuldade, como também buscando a melhor forma de se adaptarem, no sentido de lhe atender as necessidades.
Assim, se o filho passa a depender de uma cadeira de rodas, logo a casa tem alterada sua estrutura interna, com a retirada de portas ou paredes. E até instalação de rampa para o mais fácil acesso do cadeirante a todos os cômodos.
Se o filho é portador de deficiência visual, tudo é feito, de igual modo, para que ele transite, de forma segura e livre.
Se a deficiência é auditiva, pais buscam aprender a linguagem dos sinais, a fim de que a comunicação se dê de forma tranquila.
Mas, e quando um dos pais apresenta uma determinada deficiência, como agem os filhos?
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Uma demonstração de amor e dedicação, colhemos de um vídeo que circula pela internet.
A cena mostrada é familiar. Pai e filho estão à mesa e lancham. O pai é portador de deficiência auditiva. A mãe, que faz a filmagem, diz ao menino, de mais ou menos dois anos, que pronunciará várias palavras.
A cada uma, ele deverá mostrar como se fala por sinais. E o menino, de forma tranquila, vai demonstrando o que aprendeu. Por vezes, ele próprio aponta o objeto ou a fruta, que está próxima, logo após fazer o sinal correspondente.
E, numa cumplicidade de carinho, num certo momento em que ele não se recorda do sinal exato, o pai, ao lado, tenta lhe mostrar como é, de forma sutil, para que a mãe não perceba.
Naturalmente, tudo redunda em bons sorrisos e a observação de que papai está “passando cola”.
Imaginamos como deva se sentir esse pai.
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Sim, o amor existe. E em larga escala.
Em profundidade, alimentando vidas, portas adentro dos lares. Felicitando existências e ensinando, pelas suas expressões, como se ama.
Quando um filho, que ouve perfeitamente, se dispõe a aprender sinais para uma boa comunicação com seu pai, o amor está presente.
Amor de filho agradecido pela vida que recebeu.
Amor de filho que diz que deseja que seu pai participe amplamente de sua vida.
Quando uma criança, em tenra idade, é convidada a utilizar sinais para se entender com seu pai, o amor está se expressando.
A lição de amor que essa mãe transmite ao filho, com certeza, o seguirá vida afora. Amor que se faz de preocupação pelo outro. Respeito de quem deseja a participação do outro em sua vida.
Bem disseram os Espíritos que quando Jesus pronunciou a divina palavra amor, os cristãos, ébrios de amor, se ofereceram em holocausto, nas arenas dos circos.
Sim, o amor tem esse condão de realizar maravilhas, de transformar o lar, de transformar vidas.
De estender pontes de inclusão, de aconchego, de proximidade. De dizer ao outro o quanto ele é importante em sua vida, como a sua presença faz a grande diferença.
Pensemos nisso e nos permitamos envolver pelas delicadas brisas do amor, felicitando-nos a alma e realizando a felicidade dos que nos rodeiam.
Redação do Momento Espírita.
Em 3.12.2014.
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