sábado, 8 de julho de 2017

DECISÃO INTELIGENTE

Você costuma tomar decisões inteligentes mesmo sob grande pressão emocional? Decidir com inteligência em horas difíceis é uma arte que poucas pessoas cultivam. Mas seguramente há exceções felizes, como o caso daquela norte-americana que passou por momentos de grandes dificuldades e extremada dor. Numa noite em que voltava para casa, foi surpreendida por uma criatura bestializada e infeliz que a violentou e depois a golpeou com inúmeras facadas, deixando-a semi-morta à beira do caminho. Antes, porém, de abandoná-la, disse-lhe que não a mataria somente para que ela viesse a suplicar para morrer, logo mais, tamanhos seriam os ferimentos. Encontrada por algumas pessoas, foi conduzida ao hospital e, depois de várias cirurgias e tratamentos adequados, ela foi para casa. Como o caso havia ganho espaço nos noticiários por vários dias, uma televisão local foi entrevistá-la, tão logo soube que já estava de volta ao lar. O jornalista, esperando arrancar-lhe palavras de queixas, de ódio e revolta, lhe fez a seguinte pergunta: 
-Como é que você consegue dormir depois do que lhe aconteceu? Você não tem pesadelos?
Ela respondeu com toda a sabedoria de quem sabe tomar decisões inteligentes: 
-Aquele monstro conseguiu roubar uma noite de minha vida, não permitirei que me roube as outras. Ele conseguiu deixar as marcas da violência em meu corpo, mas a minha alma eu não permitirei que ninguém violente. 
* * * 
Outra decisão inteligente foi a de uma moça que teve seus documentos e algum dinheiro roubados numa viagem à Europa. Fora para um Congresso de vários dias e, logo no primeiro, aconteceu o fato. Seus amigos estavam apavorados. Ela, no entanto, mantinha-se serena o tempo todo. Um deles, entretanto, percebendo que ela não se alterara lhe perguntou: 
-Como é que você consegue ficar tão calma diante dessa situação? 
Ela respondeu simplesmente: 
-Os ladrões conseguiram roubar meus documentos e uma parte do dinheiro, mas eu não permitirei que roubem também a minha paz, pois já basta o prejuízo. 
De fato, nós a encontramos depois de alguns meses no Brasil e ela já estava com toda a sua documentação em dia e nos falou com satisfação:
-Viu como eu tinha razão? Se tivesse perdido a tranquilidade naquela oportunidade, não aproveitaria a viagem e ainda teria perturbado os companheiros que estavam comigo, e depois, certamente, me arrependeria. 
 * * * 
Muitas vezes tomamos decisões precipitadas que somente nos trazem maior soma de dissabores. Conforme o dito popular: O que não tem remédio, remediado está. Mas, na grande maioria das vezes que decidimos sem os critérios da razão, só conseguimos é nos infelicitar ainda mais. Pense nisso! 
Redação do Momento Espírita Em 03.09.2010.

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