sábado, 15 de julho de 2017

DECLARAÇÕES DE AMOR

Certa manhã, pré-adolescentes de uma turma de ensino fundamental foram surpreendidos por um mural muito especial em sua sala de aula. Nele estavam afixadas algumas frases, bilhetes escritos à mão, assinados por pessoas que eles conheciam muito bem. Magneticamente, cada um que entrava ia encontrando o seu, a letra que identificava, as linhas que lhe diziam respeito:
-Pedro, você é um filho maravilhoso. Nós o amamos muito. Seu sorriso ilumina a nossa vida. Agradecemos a Deus por você ser nosso filho. Beijos enormes. Célia e Carlos. 
-Cecília, a cada dia mais a admiro, pois você é muito amorosa, decidida e inteligente. Amor! Papai. 
-Elena, que Jesus guie seu caminho e que você sempre faça o bem ao próximo. Estaremos sempre ao seu lado. Pai e mãe. 
-Lucas, você é muito importante para mim. Amo você. Do seu pai: João Marcelo. 
-Alê, você é um grande presente de Deus! Tenho muito orgulho por você ser muito querido, inteligente e bondoso. Amo muito você! 
-Pedro, sou muito feliz por você ser esse ser tão especial. Minha vida e a do seu pai não teria sentido se você e seu irmão não existissem. Amo profundamente você. 
-Beatriz, ver você feliz faz parte da minha felicidade. Amo-a muito. Quero contribuir para você ser uma pessoa cada vez melhor! Beijo. Mãe. 
 * * *
Houve um silêncio diferente na sala. Normalmente, este seria um momento de balbúrdia, de agitação. Mas, havia apenas alguns cochichos. Os jovens estavam emocionados, do seu jeito, é claro. Não esperavam tais declarações de amor dos pais, assim, sem aparente motivo. Algumas meninas, visivelmente mais sensibilizadas, sentadas em suas cadeiras, vez ou outra voltavam os olhos para o mural, como que namorando os bilhetinhos recebidos. 
 * * * 
Em dias de agitação intensa, de preocupações de toda ordem, de tempo escasso para tantos afazeres que temos, não podemos esquecer das declarações de amor. Elas não precisam esperar datas especiais. Devem acontecer quando o coração pedir, sentir, lembrar. São oportunidades que nosso coração nos dá ao longo do dia e que, muitas vezes, desperdiçamos, pois estamos muito ocupados... No entanto, oportunidades não voltam... Aquele momento é único, nunca mais será o mesmo. E nós também não seremos os mesmos. Assim, não deixemos de dizer que amamos nosso filho, que somos gratos ao nosso pai, à nossa mãe, que estamos felizes por termos ao nosso lado essa ou aquela pessoa. Até quando estaremos com ela ao nosso lado, assim tão perto? Não sabemos. Não deixemos de ouvir as boas intuições do instante. Não deixemos que a dor do arrependimento invada nossa alma mais tarde. Declaremo-nos sem medo, sem vergonha. Usemos a criatividade. Surpreendamos. Não pensemos no que os outros vão dizer ou deixar de dizer. Façamos o que o nosso coração pedir. Criemos ao nosso redor um ambiente de harmonia, de sentimentos bons, de transparência e de troca. Façamos alguém feliz e sejamos um pouco mais felizes, nós mesmos. 
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 29, ed. FEP. Em 21.3.2016.

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