AMÉLIA RODRIGUES |
Jesus veio à Terra em um período de grande impiedade e desesperança.
O domínio dos poderosos era cruel e implacável.
Segundo a narrativa evangélica, a palavra e a pessoa de Jesus representaram um lenitivo geral.
De repente havia esperança de cura e conforto.
Deus era anunciado como Pai amoroso e sábio, não como um Senhor terrível e vingativo.
Era possível confiar no futuro.
Mesmo o presente já se apresentava promissor, com a perspectiva de notáveis curas e transformações.
A canção da paz e da ventura soavam arrebatadoras naqueles lábios puros.
O povo ficou ébrio de esperança.
Todos se viam logo adiante saciados, socorridos, alimentados e felizes.
Entretanto, não se davam conta da contribuição pessoal que deveriam dar em favor da nova ordem social.
Mas Jesus em tempo sinalizou que a bem-aventurança tinha um preço.
Perante a incompreensão geral, disse não ter vindo trazer à Terra a paz, mas a espada.
Que poria em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe.
Que os inimigos do homem seriam os seus familiares.
Que quem não tomasse a sua cruz e O seguisse, dEle não seria digno.
Não se há de imaginar o Senhor da brandura e da bondade convertido em um guerreiro infeliz, um vassalo da loucura.
Essas singulares palavras sinalizaram a necessidade de separar-se a verdade da impostura.
Elas anunciaram que, em incontáveis famílias, alguns dos membros o amariam, enquanto outros o detestariam.
Jesus lançou ao futuro a advertência de ser necessário preferir Deus a Mamom.
Alertou que o dever e a transparência constituem requisitos indispensáveis para quem deseja a Sua paz.
Deixou claro que a condição de cristão é incompatível com a vivência corrupta e acomodada.
O Messias Divino ateou o fogo purificador da verdade, para desespero de muitos.
A linguagem era forte e anunciava um testemunho difícil.
A mensagem cristã implica a necessidade de uma definição de rumos.
Pelo bem ou contra ele, não sendo possível uma postura de hipocrisia e conivência.
A figura de Jesus permanece sedutora e a Sua mensagem segue atual.
Incontáveis se afirmam cristãos e anelam pela paz do Senhor.
Entretanto, hesitam no testemunho necessário.
Malgrado suas crenças, vivem de forma impiedosa, promíscua e desleal.
O Cristianismo representa a Boa Nova, o advento da paz e da ventura como consequência da vida reta e generosa.
Não se trata de um milagre ou de um favor.
Primeiro a criatura se define pelo bem e se esforça para vivê-lo.
A paz e a plenitude surgem como resultado natural.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro
A mensagem do amor imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 3.4.2015.
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