quinta-feira, 6 de julho de 2017

DEUS E NÓS

Quando o mundo geme, atormentado, é como um soluço que escapa de nosso peito e busca o Pai Celeste. Quando as provações visitam a nossa vida, e tudo parece cinza, o coração se agita em busca do Senhor dos mundos. E Deus está presente. A grande certeza que assinala nossa vida é a existência de um Pai amoroso, que vela por nós. Esqueçamos tudo o que nos disseram sobre um Deus vingativo. Apaguemos de nossa mente a imagem de um Deus mesquinho, que aplica punições para Seus filhos. Essas coisas são criação humana. Deus é todo amor. Causa de todas as coisas, Senhor dos mundos, Ele nos criou por Sua vontade. Deu-nos a preciosa vida, plantou em nós as sementes dos sentimentos, deixou florescer inteligência, livre-arbítrio e sorrisos. Ao longo dos milênios, esse Divino amor nos segue. Acompanha nossa trajetória, testemunha nossos erros e acertos. E aguarda. Sim, pacientemente deus aguarda. Ele espera o fim de nosso tempo de tempestades, de turbulência íntima. Sabe que é passageira essa época atormentada, em que ainda não sabemos domar os sentimentos, controlar a mente ou ser feliz com as coisas do Espírito. Ele sabe que estamos em plena era de descobertas. É paciente com esses filhos que agem como crianças tolas, embora sejam homens maduros. Sim, Deus está ao nosso lado. Para ver os sinais dessa presença grandiosa, basta aprender a ler o grande livro da natureza. Cada estrela que reluz no céu é um recado do Pai Celeste. O brilho dos sóis, nas galáxias distantes, nos fala da magnífica Criação além da Terra. E nos transmite a mensagem silenciosa: mesmo no breu das noites escuras, há luzes de esperança. Deus está vivo nas flores que criou para enfeitar jardins e campos. Girassóis, lírios, rosas e margaridas traduzem o carinho Divino por todos nós. Se Deus os veste tão ricamente, muito mais faz por nós. Cantoria de passarinhos, brisa que agita os cabelos, o espetáculo do mar que brilha ao sol – tudo isso é Deus sussurrando mensagens de beleza e harmonia aos nossos ouvidos cansados, como um hino de esperança. Por isso não demoremos mais: abramos a janela da alma para Deus. Ele está ali, no templo do nosso coração. Para amá-lO, aprendamos a cuidar de tudo o que Ele criou. Mesmo que não entendamos alguém, não concordemos com algo ou não gostemos de alguma coisa, esforcemo-nos, ao menos, para respeitar o fruto do trabalho Divino. Já é um belo começo. Deus sorri de volta quando O buscamos. Portanto, busquemo-lO. Um dia, estaremos frente a frente com a morte. E mesmo que tenhamos milhares de amigos, essa será uma experiência solitária, uma viagem individual. Estaremos diante de nós mesmos. Os parentes, amigos e amores ficarão para trás. Ou terão partido antes. E, nessa hora suprema, haverá somente um Ser a quem poderemos chamar com inteira confiança: Deus. É ao nosso Pai que volveremos os olhos cheios de esperança. E Ele – que nos ama muito – estenderá até nós o Seu amor e seremos abraçados, acolhidos. No colo desse Pai Divino, nos sentiremos embalados como pequenas crianças. E nosso coração se encherá de imortal alegria. 
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 23 e no livro Momento Espírita, v. 8, ed. FEP. Em 6.7.2017.

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