segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CONSTRUÇÃO SOBRE A ROCHA

Você se considera uma pessoa de fé? Não importa qual seja a sua religião, mas será que você tem plena confiança nas verdades que aprende, a ponto de obter sustentação nas horas difíceis? Para os cristãos, há um ensinamento do Cristo que vale a pena relembrar e refletir. Em Mateus, cap. 7, versículos 21 a 29, lemos o seguinte: Todo aquele que ouve estas minhas palavras, e as põe em prática, será como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra a casa, mas ela não desabou. Estava fundada na rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será como um homem tolo que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela desabou. E grande foi sua ruína. Jesus se refere, claramente, à fé operante daqueles que ouvem as Suas palavras e as praticam. A fé operante é aquela que nos sustenta nas horas mais difíceis da vida. Será que a nossa fé resiste às chuvas, ventos e enxurradas que chegam a cada dia? Ou será que o mais leve vento derruba a nossa confiança em Deus? Será que, quando o vendaval da morte arranca do nosso convívio uma pessoa querida, nossa casa ainda continua firme, ou desaba como as construções feitas sobre a areia? Nesses momentos, só a certeza da Imortalidade da alma e da individualidade que nosso ente caro guarda após a morte, será capaz de nos trazer conforto íntimo. Quando a nossa fé não está fundamentada na razão, passamos a nos questionar: E se a morte for o fim de tudo? E se meu familiar querido se foi para sempre? E se aquele corpo que foi enterrado era tudo que existia? Nessas horas, o cristão se esquece que o Mestre, de quem se diz seguidor, deu o maior exemplo de Imortalidade e individualidade, voltando depois de ter sido morto e enterrado. E voltou para provar que o túmulo não é o fim da vida, e que o Espírito conserva sua individualidade, isto é, não se perde no todo, como uma gota d'água no oceano. Tendo essas bases sustentando a fé, nada a fará desabar, nem mesmo os mais terríveis temporais. E se é capaz de sustentar diante da mais terrível das dores, que é a da separação pela morte, que força não terá frente às demais amarguras? Se em algum momento a sua fé demonstrar fragilidade diante de uma situação qualquer, talvez seja hora de você buscar solidificar suas certezas. Se você diz ter fé num Deus justo e bom, nada que lhe aconteça deverá ser motivo de desespero. Se nas bases da sua fé está bem sedimentada a certeza de que cada um receberá segundo suas obras, nenhuma tempestade a abalará. Você terá sempre confiança plena no Criador, que tudo sabe e a tudo provê. Mas, se a mais leve brisa abala suas frágeis crenças, é hora de refletir, estudar a fundo as bases da sua religião e fortalecê-las. Só assim essa construção estará firmada na rocha. Na rocha de convicções inabaláveis.
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Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Pense nisso!
Redação do Momento Espírita. Em 10.09.2012.

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