Em O livro dos Espíritos, Allan Kardec perguntou aos Sábios do Mundo Espiritual em que consiste a missão dos Espíritos encarnados.
E os Benfeitores da Humanidade responderam: em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais.
As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão como o que governa, ou o que instrui.
Tudo em a natureza se encadeia. Ao mesmo tempo em que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência.
Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.
Como podemos perceber, todo homem tem sua parcela de responsabilidade na construção de um mundo melhor.
Por essa razão, é importante perguntar a nós mesmos o que estamos fazendo para melhorar as instituições terrenas e fomentar o progresso geral.
Em pleno século XXI ainda há pessoas que pensam que os problemas sociais são de responsabilidade exclusiva dos governos e lavam as mãos.
Há empresários que, alegando desonestidade por parte dos governantes, sonegam impostos.
Apesar de nada justificar a sonegação, é preciso perguntar se eles assumem para si mesmos a responsabilidade de investir o montante sonegado em favor da sociedade da qual se beneficiam.
Se destinam o valor deixado de recolher aos cofres públicos para custear o ensino de crianças e jovens carentes, a fim melhorar a condição social da sua localidade.
Ou se deixam de pagar impostos apenas para enriquecer os próprios bolsos, usando a desculpa de que o governo não faz.
Ter consciência social é estar atento às necessidades dos cidadãos que estão sobre os palcos da Terra, neste cenário do qual também fazemos parte.
Ter consciência social é descobrir aqueles que já atuam em organizações não governamentais, ou outra iniciativa qualquer, movendo esforços em favor de um mundo melhor e se somar a eles.
Ter consciência social lúcida é contribuir de forma efetiva e sem interesse oculto, com todas as ações nobres, não importando se são iniciativas de religiosos ou de ateus.
Ter consciência social é deixar de criticar governos e instituições e fazer a sua parte para a melhoria da situação do seu lar, da sua rua, do seu bairro, da sua cidade, do seu Estado, do seu país, do seu planeta.
Somos todos habitantes do planeta. Estamos todos nessa mesma embarcação chamada Terra.
Precisamos nos comprometer com a melhoria das instituições de um modo geral. Seja essa instituição o nosso lar ou o lar do vizinho. Seja o nosso país ou o país vizinho.
Nossa raça deve ser a raça humana. Nossa nacionalidade deve ser a Terra.
Nossa paternidade deve ser o Criador. Nossos irmãos devem ser todos os homens do planeta.
Para que cumpramos a missão que Deus nos confiou, é preciso olhar o mundo com mais abrangência, abandonando essa forma míope de ver o mundo como se o mundo fosse apenas eu com meus próprios interesses.
Pensemos nisso e dilatemos a nossa atenção. Façamos um pacto conosco mesmos e coloquemos mãos à obra.
A obra que nos cabe executar no cumprimento da missão que o Criador do Universo nos confiou.
É para isso que estamos aqui. Foi por isso que nascemos neste abençoado planeta.
* * *
Você não é uma pedra solta, no leito do rio do destino, a rolar incessantemente. Você tem uma meta que o aguarda e que alcançará.
Em sua origem você é luz avançando para a Grande Luz.
Só há sombras porque você ainda não se dispôs a movimentar os poderosos geradores de energia adormecida no seu interior.
Pense nisso e comece agora a fazer luz na própria caminhada e, por conseguinte, espalhando luz ao seu redor.
Redação do Momento Espírita, com base no item 573, de
O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e no cap. 11 do
livro Momentos de consciência, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 31.01.2010.
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