A grande maioria das pessoas se preocupa com a conquista da paz... Da tão sonhada paz.
No entanto, será que sabemos como conquistar a paz?
E se sabemos, o que temos feito para alcançar esse objetivo?
Conta-se que, um dia, vários deuses da mitologia grega se reuniram para decidir onde esconderiam um tesouro precioso, para que as próprias pessoas o encontrassem.
Não poderia ser em lugar fácil, pois se elas o encontrassem sem maiores esforços, não o entenderiam e não lhe dariam o devido valor.
Várias sugestões surgiram.
Um dos deuses sugeriu que se pusesse o tesouro no fundo dos oceanos.
Todavia o deus que presidia a reunião argumentou que o homem certamente iria encontrá-lo com facilidade. Iria inventar equipamentos de mergulho, alcançaria o tesouro e não lhe daria a importância merecida.
Outra sugestão foi a de esconder o tesouro nos espaços infinitos do Universo.
Argumentou um dos deuses: O homem o descobrirá facilmente, pois se inventará equipamentos para mergulhar nas profundezas dos mares, é lógico que os inventará para percorrer os espaços infinitos.
Depois de várias sugestões infrutíferas, alguém teve uma idéia que foi aceita por todos.
O tesouro seria cuidadosamente escondido num lugar onde o homem só iria procurar depois que estivesse maduro o suficiente para valorizá-lo, e mantê-lo consigo.
E o lugar seria o íntimo de cada ser humano.
* * *
Esse tesouro valioso e imperecível é a paz.
Sim, a paz que tanto buscamos sem lograr êxito, está dentro de cada um de nós.
Aquele que encontra o tesouro da paz jamais se perturba, por mais que a situação à sua volta esteja em polvorosa.
A paz não pode ser confundida com a passividade, porquanto o passivo é um ser sem ação.
O pacifista é ativo. Onde há discórdia ele leva a sua paz, mostra o tesouro que já encontrou.
É assim que devemos entender a recomendação de Jesus de mostrar a outra face. A face oposta àquela que presenciamos.
Se a face que se apresenta é a da violência, mostremos a face da paz.
De fato, o homem já conquistou os mares. Está vencendo os espaços com suas naves espaciais. Já desvendou vários mistérios do Universo, no entanto, não empreendeu a viagem fantástica para dentro de si mesmo.
O homem que já fez tantas conquistas tecnológicas, ainda não sabe resolver um simples problema de relacionamento com o seu próximo.
Não descobriu como afastar do seu íntimo o orgulho, a vaidade desmedida, a inveja, e outros tantos entulhos morais que impedem o acesso à paz.
* * *
Se a paz é um tesouro que cada um de nós pode conquistar, comecemos sem demora essa busca.
No autoconhecimento traçaremos um mapa de nós mesmos, mostrando-nos onde se encontra cada empecilho, cada obstáculo que devemos remover da nossa intimidade.
Somente quando o caminho estiver limpo, nos depararemos com um recanto de luz brilhando em nós: a tão esperada paz íntima!
Redação do Momento Espírita.
Em 27.12.2010.
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