sexta-feira, 7 de outubro de 2016

CONQUISTA DA PAZ

A grande maioria das pessoas se preocupa com a conquista da paz... Da tão sonhada paz. No entanto, será que sabemos como conquistar a paz? E se sabemos, o que temos feito para alcançar esse objetivo? Conta-se que, um dia, vários deuses da mitologia grega se reuniram para decidir onde esconderiam um tesouro precioso, para que as próprias pessoas o encontrassem. Não poderia ser em lugar fácil, pois se elas o encontrassem sem maiores esforços, não o entenderiam e não lhe dariam o devido valor. Várias sugestões surgiram. Um dos deuses sugeriu que se pusesse o tesouro no fundo dos oceanos. Todavia o deus que presidia a reunião argumentou que o homem certamente iria encontrá-lo com facilidade. Iria inventar equipamentos de mergulho, alcançaria o tesouro e não lhe daria a importância merecida. Outra sugestão foi a de esconder o tesouro nos espaços infinitos do Universo. Argumentou um dos deuses: O homem o descobrirá facilmente, pois se inventará equipamentos para mergulhar nas profundezas dos mares, é lógico que os inventará para percorrer os espaços infinitos. Depois de várias sugestões infrutíferas, alguém teve uma idéia que foi aceita por todos. O tesouro seria cuidadosamente escondido num lugar onde o homem só iria procurar depois que estivesse maduro o suficiente para valorizá-lo, e mantê-lo consigo. E o lugar seria o íntimo de cada ser humano. 
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Esse tesouro valioso e imperecível é a paz. Sim, a paz que tanto buscamos sem lograr êxito, está dentro de cada um de nós. Aquele que encontra o tesouro da paz jamais se perturba, por mais que a situação à sua volta esteja em polvorosa. A paz não pode ser confundida com a passividade, porquanto o passivo é um ser sem ação. O pacifista é ativo. Onde há discórdia ele leva a sua paz, mostra o tesouro que já encontrou. É assim que devemos entender a recomendação de Jesus de mostrar a outra face. A face oposta àquela que presenciamos. Se a face que se apresenta é a da violência, mostremos a face da paz. De fato, o homem já conquistou os mares. Está vencendo os espaços com suas naves espaciais. Já desvendou vários mistérios do Universo, no entanto, não empreendeu a viagem fantástica para dentro de si mesmo. O homem que já fez tantas conquistas tecnológicas, ainda não sabe resolver um simples problema de relacionamento com o seu próximo. Não descobriu como afastar do seu íntimo o orgulho, a vaidade desmedida, a inveja, e outros tantos entulhos morais que impedem o acesso à paz. 
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Se a paz é um tesouro que cada um de nós pode conquistar, comecemos sem demora essa busca. No autoconhecimento traçaremos um mapa de nós mesmos, mostrando-nos onde se encontra cada empecilho, cada obstáculo que devemos remover da nossa intimidade. Somente quando o caminho estiver limpo, nos depararemos com um recanto de luz brilhando em nós: a tão esperada paz íntima! 
Redação do Momento Espírita. Em 27.12.2010.

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