sábado, 1 de outubro de 2016

CONHECIMENTO DE CAUSA

Vimos, certa feita, nos telejornais a notícia de que um juiz de determinada cidade prescreveu a visita às prisões como parte da formação dos magistrados. Com essa medida, aquele que aspira ao cargo de juiz, desembargador ou ministro, deve conhecer melhor as casas de detenção onde os supostos infratores das leis cumprem as penas estabelecidas pela justiça. Em outra ocasião, vimos a notícia de que os futuros agrônomos deveriam fazer estágios junto aos agricultores para conhecerem a realidade do campo, com o propósito de melhor desempenhar sua profissão. Também acompanhamos pela TV a maratona dos médicos recém formados em uma das capitais do nosso país, enfrentando a burocracia do serviço de Saúde Pública para conseguir atendimento médico. Isso também fazia parte de um programa visando sensibilizar os profissionais da área médica que, em futuro próximo, estarão atendendo aos cidadãos que necessitem desse serviço. Noutra oportunidade, vimos uma turma de crianças do ensino fundamental, fazendo visitas às famílias pobres que vivem na periferia dos grandes centros. Essas medidas são de grande importância para a formação de indivíduos conscientes das realidades que os cercam. A ideia é muito feliz, já que possibilita ao profissional visualizar um ângulo diferente e conhecer melhor os aspectos da sociedade para a qual prestará serviços. A teoria é indispensável, mas o contato com as dificuldades das criaturas possibilita uma visão mais alargada e fiel da vida. Se todos os profissionais, inclusive os políticos que governam os povos, tivessem um conhecimento de causa mais profundo, certamente a sua ação junto à sociedade seria mais eficiente e humana. Afinal, somente quem conhece o dia-a-dia das pessoas pode abranger o conjunto e buscar soluções acertadas. Se todos aqueles que criam as leis fossem os primeiros a cumpri-las, por certo só fariam leis justas e humanas. Se quem administra a Saúde Pública necessitasse desse recurso para viver, seguramente o serviço teria outra característica. Se aquele que projeta e constrói os edifícios fosse habitá-los, certamente jamais teríamos a notícia de desabamentos causados pela falta de cuidados. Por fim, se observássemos o ensinamento do Cristo de fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem, o mundo teria uma feição muito mais justa. Se todos nos colocássemos no lugar daqueles que usufruem dos nossos serviços ou consomem as mercadorias que produzimos, levaríamos a sério a questão da eficácia e da qualidade. A sabedoria de Jesus, sempre atual, recomenda que nós mesmos sejamos o ponto de referência em todos os momentos: amar o próximo como a nós mesmos. A observância dessa máxima é a medida mais segura de que estaremos agindo bem e de conformidade com as Leis Divinas, em tudo o que fizermos na vida. 
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A câmara fotográfica nos revela por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro. Em tudo aquilo que você faça, na atividade que o Senhor lhe haja concedido, você está colocando o seu retrato. E quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador. 
Redação do Momento Espírita com pensamentos dos caps. 17 e 18, do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec. Em 28.06.2010.

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