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Todos temos e fazemos opções que nos guiam em nossa trajetória terrena.
Escolhemos nossa tendência política, valores com que conduzimos nossa vida, a maneira como vivenciamos nossa religiosidade.
Essas escolhas são frutos de nossas vivências, aprendizado, reflexões.
É natural que elas se tornem algo tão importante para nós, que as defendamos e as confrontemos ante outras ideias e conceitos.
Com certeza, já nos deparamos com pessoas que, imbuídas de suas convicções, insistem em delas nos convencer.
Com seus argumentos, abraçados em suas ideologias, passam a travar verdadeiras batalhas de palavras, promovendo quedas de braço intelectuais, na tentativa de convencimento.
De igual forma, defendemos apaixonadamente a religião a que nos vinculamos.
Desdobramo-nos para mostrar quão melhor se apresenta a nossa opção político-ideológica.
Nisso tudo, esquecemos que nossos argumentos talvez não sejam a melhor maneira de convencer a quem quer que seja.
Argumentos e conceitos exigem esforço intelectual, reflexão, análise.
Contudo, a vivência daquilo que cremos e defendemos, é uma mensagem muito mais forte e arrebatadora.
Sair dos conceitos teóricos e trazê-los para nossos parâmetros de conduta, nos exige muito mais do que bons argumentos.
Viver nossos ideais é desafiador.
Diariamente temos que confrontá-los com nosso mundo íntimo e com os convites e caminhos que a vida nos oferece, muitos deles divergentes das convicções que abraçamos.
Porém, aquele que logra viver, ou mesmo esforça-se por vivenciar nobres ideais, propostas elevadas, traz em suas atitudes argumentos silenciosos, no entanto, muito expressivos.
Ideal seria, pois, que buscássemos tornar nossas atitudes coerentes ao que defendemos e apresentamos, desejando convencer os outros.
O discurso da honestidade, saindo da boca do corrupto, não ganha nenhum significado.
Argumentos em prol da paz, vindos do tirano doméstico, são vazios e sem valor.
O egoísta jamais convencerá alguém a respeito da solidariedade e do amor ao próximo.
Serão sempre nossas ações que demonstrarão a grandeza dos conceitos.
Gandhi não convenceria ninguém sobre o poder de atitudes pacifistas, se ele não tivesse vivido tal ideal.
A proposta de Francisco de Assis, de amor às coisas de Deus, não teria nenhum significado se ele não fizesse de toda a sua vida um cântico amoroso.
E Jesus não teria dividido a História em antes e depois de Sua vinda, se o Seu viver não fosse todo ele de amor ao próximo e a Deus acima de todas as coisas, como Ele mesmo asseverou ser o maior mandamento.
Dessa forma, busquemos viver o ideal que abraçamos.
Antes do esforço de convencermos com argumentos, exemplifiquemos com ações.
Tornemo-nos mensagens vivas, referência para aqueles que caminham no mundo carentes de valores nobres e ideais de plenitude.
Redação do Momento Espírita.
Em 19.5.2016.
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