quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A COMPAIXÃO INDISPENSÁVEL

A busca pelo bem-estar é inerente à natureza humana. O desejo do homem de livrar-se do sofrimento propiciou notáveis descobertas em todos os setores do conhecimento. Analgésicos e anestésicos podem ser citados como conquistas humanas na procura de bem-estar. Ar condicionado, colchões ortopédicos e mesmo a singela água encanada também compõem o espectro de invenções destinadas a tornar a vida confortável. Na busca de conforto e tranqüilidade, um dia o homem voltará sua atenção para os problemas morais que a sociedade enfrenta. Então compreenderá que o egoísmo é a causa de todas as desgraças sociais. Ele é que permite a um homem investir sobre o patrimônio, a honra e a vida de outro, qual uma fera selvagem. O egoísmo é a matriz de todos os vícios. Quando ele for combatido, todos os seus desdobramentos, como vaidade, ganância, maledicência e corrupção, perderão a força. A disseminação das idéias espíritas é um poderoso elemento de combate ao egoísmo. O Espiritismo deixa claro que todo vício gera dor e que a Lei de Causa e Efeito rege a vida. Todo mal feito ao semelhante é uma semeadura de dor no próprio caminho. Quem quer ser feliz deve tratar o próximo com todo o respeito e generosidade com que desejaria ser tratado. A vinculação da própria felicidade à felicidade que se proporciona torna evidente o quanto é tolo ser egoísta. Ao buscar seu interesse, em detrimento ao do próximo, o egoísta apenas se candidata a vivenciar grandes dores. Ao se conscientizar da inexorabilidade da Lei de Causa e Efeito, a Humanidade reverá seus valores e prioridades. Entretanto, é preciso reconhecer que uma idéia nem sempre é fácil de ser posta em prática. Provavelmente você já se conscientizou de que a Justiça Divina é infalível. Mas ainda titubeia em sua caminhada e por vezes comete leviandades em prejuízo do próximo. Uma boa tática de renovação moral é parar de apenas pensar e começar a sentir. Raciocinar é necessário, mas amar é imprescindível. O melhor caminho para o genuíno amor fraterno é a compaixão. Compaixão é a tristeza que se sente com a infelicidade alheia. Mas também é o desejo de livrar o próximo do sofrimento. Para desenvolver esse nobre sentimento, deixe de fugir ao espetáculo das misérias humanas. Permita-se conviver com os doentes e os viciados do corpo e da alma, conforme fez o Cristo. Faça-se companheiro e amigo de idosos e enfermos. Visite asilos, orfanatos, hospitais e presídios. A título de preservar sua paz, não cultive a indiferença. Deixe que seu coração se enterneça com a dor alheia. A compaixão impede que um homem siga satisfeito em meio à tragédia que devasta a vida do outro. Ela possui um certo encanto melancólico, pois nasce ao lado da dor e da desolação. Contudo, constitui a mais eficiente forma de cura das ilusões e paixões humanas. A compaixão desperta as fibras mais íntimas da alma e a prepara para as experiências sublimes do devotamento e da caridade. Não receie sofrer ao se tornar compassivo. Ao avançar nesse caminho, você logo se tomará do ideal de aliviar a dor do semelhante e começará a agir. Então, a tristeza inicial se converterá no júbilo de quem amorosamente socorre e ampara os desprotegidos do Mundo. A alegria de ser útil e bondoso iluminará sua vida e o acompanhará pela eternidade. Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita.

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