Você já deve ter ouvido falar, com certeza, sobre o bumerangue, esse objeto de arremesso, cuja origem não se tem certeza, considerando que diversos tipos foram encontrados, em várias partes do planeta, em diferentes continentes.
Algumas notas apontam que o bumerangue mais antigo de que se tem notícia foi encontrado na Polônia, em 1987. Teria sido construído a partir de uma presa de mamute, há mais de vinte mil anos.
De um modo geral, associamos o bumerangue à Austrália, país que ficou famoso no mundo como o país do bumerangue.
Os aborígenes australianos se serviam dele, tanto para atividades lúdicas quanto o utilizavam em atividades cotidianas.
Com ele cortavam carnes e vegetais, cavavam a terra em busca de raízes comestíveis ou golpeavam a superfície da água durante a pesca.
Também o usavam na caça de pássaros, aproveitando a revoada dos bandos, na expectativa de acertar algum deles.
Entretanto, o que chama a atenção nessa peça arqueada de madeira é que, após descrever uma curva, retorna às mãos do arremessador.
Isso nos leva a algumas reflexões em torno de ações em nossas vidas. Tudo o que pensamos, falamos se projeta no mundo e realiza uma trajetória.
Nossos pensamentos criam uma atmosfera salutar ou não, correspondente às suas qualidades boas ou más.
Nossas palavras alcançam pessoas, alteram rumos de vidas, beneficiam ou prejudicam instituições.
Quantas vezes uma frase, um abraço, um sorriso altera o pensamento, a decisão de outra pessoa?
Um programa radiofônico, um filme, um livro. Um pensamento lido no portal de alguma biblioteca ou museu. Tudo influencia e altera vidas.
Em uma admirável lei, que chamamos causa e efeito ou ação e reação, o que projetamos, retorna para nós. Algo semelhante à ação do bumerangue, porque retorna para nossa própria economia, beneficiando-nos ou nos fazendo mal.
Exatamente na mesma medida do que pensamos, falamos, agimos.
A seu tempo, o Mestre Jesus já lecionara: A cada um será dado segundo as suas obras.
Enquanto, por vezes, ofertamos benefícios a quem não se esforça, a quem nada faz por merecê-los, simplesmente por uma questão de simpatia, amizade, ou interesse, a Lei Divina não se equivoca.
E dá a cada um exatamente o que merece, o que construiu. Por isso, quando dizemos que estamos melhor do que merecemos, cometemos um erro.
Estamos afirmando que Deus se engana. Isso porque cada um de nós vive no clima que constrói para si.
Cada um de nós recebe, para sua vida, o que pensa, o que aos outros deseja.
Não poderia ser de outra forma. Como se poderia pensar em alguém que, preguiçoso, erguesse um casebre de tábuas mal dispostas, pudesse desejar habitar um palácio?
Como imaginar que quem semeia flores não possa, logo adiante, se beneficiar com as cores e o perfume de sua abençoada semeadura?
Bumerangue, lei de causa e efeito, lei do mérito. A cada um segundo as suas obras.
Não importa como concebamos a questão. O que precisamos ter em mente é como é importante pensarmos no bem, agirmos no bem, desejarmos o bem a todos.
Tudo isso para nosso próprio bem, nossa alegria, nosso conforto espiritual.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 14.3.2016
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