domingo, 28 de agosto de 2016

UM COMPANHEIRO INSEPARÁVEL

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANA DE ÂNGELIS
Para muitas criaturas humanas, Deus ainda é alguém a ser descoberto. Alguns dizem crer nEle mas, não sabem exatamente como isso lhes possa melhorar a qualidade de vida. Outros simplesmente afirmam crer na Sua existência como algo distante, ou Alguém que fica observando o que se passa no Universo, como um mero espectador. Inserir Deus no contexto da própria vida é algo que exige reflexão e entendimento. Por isso, alguém que começou a se deixar penetrar pela ideia desse Pai amorável, justo e bom, escreveu um dia: 
-Em princípio, eu via Deus como um observador, um juiz que não perdia de vista as coisas erradas que eu fazia. Desse modo, quando eu morresse, Ele saberia se eu mereceria ir para o céu ou para o inferno. Ele estava sempre lá, como um presidente. Eu reconhecia a imagem dEle quando a via, mas não O conhecia de verdade. Mais tarde, quando O conheci melhor, pareceu que a vida era como um passeio de bicicleta para duas pessoas e percebi que Deus estava no banco de trás, me ajudando a pedalar. Não me lembro quando Ele me sugeriu que trocássemos de lugar. A partir desse momento, a vida não foi a mesma... A vida, com o Seu poder superior, tinha se tornado muito mais excitante. Quando eu detinha o controle, sabia o caminho. Era um tanto entediante, mas previsível – sempre a distância mais curta entre dois pontos. Mas quando Deus assumiu a liderança, porque Ele conhecia atalhos maravilhosos, passei a subir montanhas e atravessar terrenos pedregosos em velocidade vertiginosa! Tudo que eu podia fazer era seguir em frente! Embora tudo aquilo parecesse loucura, Ele ficava dizendo: “Pedale, pedale!” Eu ficava preocupado e ansioso e perguntava: “Afinal, para onde o Senhor está me levando?” Deus apenas sorria e não me dava uma resposta. Foi aí que me vi começando a confiar nEle. Logo me esqueci da minha vida entediante e comecei a participar da aventura. Quando eu dizia que estava assustado, Ele se virava para trás e tocava minha mão. Deus me levou até pessoas com dons de que eu precisava: dons da aceitação e da alegria, dentre outros. Essas pessoas me deram ajuda para prosseguir na minha jornada. Quer dizer, nossa jornada, de Deus e minha. E prosseguimos sempre pedalando. Então, Ele me disse: “Doe o que você tem de seu, toda a bagagem extra, pois pesa demais.” Descobri que quanto mais eu dava, mais eu recebia. E, além disso, o meu fardo ficava mais leve. O Senhor conhecia os segredos da bicicleta. Sabia como incliná-la para fazer curvas fechadas, pular para evitar lugares cheios de pedras, aumentar a velocidade para encurtar os caminhos difíceis. Aprendi com Ele a pedalar nos lugares mais complicados e a apreciar a paisagem e a brisa fresca em meu rosto. Tudo com o meu ótimo e constante companheiro, Deus. E quando estava certo de que não podia mais seguir em frente, Ele apenas sorria e dizia: “Pedale.” * * * A presença de Deus em nossas vidas proporciona paz, aumentando as resistências humanas para os embates cotidianos. Sutil e poderosa ao mesmo tempo, é um dínamo gerador de energias que recarrega as baterias da alma, da mente e do corpo, mantendo-os em condições estáveis de equilíbrio e ação. A presença de Deus em nossas vidas nos permite pensar corretamente, falar com sabedoria e agir com precisão. Com Deus, o temor desaparece, oferecendo lugar à coragem, que expressa bem-estar e segurança íntima. 
Redação do Momento Espírita, com base no texto Pedalando com Deus, de autoria ignorada e pensamentos finais do cap. 11, do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Em 13.11.2013.

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