sexta-feira, 8 de julho de 2016

COERÊNCIA

Alexandre Magno, também conhecido como "Alexandre, o Grande", é considerado por muitos o maior gênio militar da história. Enquanto viveu, não conheceu a derrota. Alexandre nasceu no ano 356 a.c. Sucedeu o pai no trono aos 20 anos. Quando criança, estudou com o filósofo Aristóteles. Desde cedo mostrou sua habilidade militar, tanto que com 16 anos já tinha recebido o comando de um exército, aos 18 comandou a cavalaria do rei Filipe na conquista de Atenas e Tebas. Conta-se que um dia seus comandados vieram lhe trazer a preocupação com um certo soldado de temperamento ruim, que estava causando problemas com a sua indisciplina. Alexandre chamou o rebelde para ter com ele uma conversa séria a respeito do seu comportamento. “Qual é seu nome?” Perguntou o imperador. “Alexandre”, disse o soldado. O imperador olhou-o, com firmeza, e lhe ordenou simplesmente: “troque de comportamento, ou troque de nome.” Para usar o nome que representava grandeza d’alma, era preciso honrá-lo. Não se sabe qual foi a decisão do soldado, mas o certo é que Alexandre tinha muita razão ao proferir tal sentença. Ficamos a imaginar quantos nomes venerandos são usados por pessoas que os depreciam com seus comportamentos ruins. E se os apóstolos Paulo, Pedro e João, e todos os santos fizessem o mesmo que o imperador? Se Maria santíssima resolvesse cobrar de todas as Marias um comportamento compatível, o que aconteceria? E se Jesus resolvesse fazer o mesmo, exigindo que todo aquele que se chama Jesus, honre o nome que tem ou troque-o? Das duas, uma: ou o mundo ficaria melhor instantaneamente, ou os cartórios teriam muito trabalho para tantas mudanças de nomes. Imaginemos como o mundo seria diferente se cada nome fosse usado com a dignidade daquele que o inspirou! Imaginemos se todas as instituições e pessoas que se denominam cristãs, adotassem a conduta do Cristo! Certamente o mundo não seria o mesmo. Seria muito melhor. Para alguns, o nome pode ser apenas um amontoado de letras. Mas será que aquele que o escolheu não pensou, de alguma forma, que seu filho ou sua filha tivesse um comportamento digno do nome que recebeu? E você, já pensou naquele ou naquela que inspirou seus pais na escolha do seu nome? Pense nisso! Na verdade o nome que usamos pouco importa. O mais importante é a conduta que adotamos no dia-a-dia. Também não somos coagidos a ostentar esta ou aquela bandeira religiosa, mas se o fazemos, é importante que saibamos honrá-la. Sempre que nos dizemos seguidores desta ou daquela religião, somos responsáveis pelos exemplos que passamos aos outros. É pelos exemplos que podemos aproximar as pessoas ou afastá-las. Isso se chama coerência. Pense nisso! 
Texto da Equipe de Redação, sob inspiração da conversa de Raul Teixeira com trabalhadores espíritas em Pato Branco, no dia 20/03/2004.

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