“Conta-me...
Como é o sol,
lua sincera?
Encanta-me...
Teu lume
azul, tua esfera.
Daríamos
valor ao dia
Se a noite
não nos fosse companhia?
Teria eu tua
presença, sol, astro amigo
Se o claro
fosse do escuro inimigo?
E as cores,
na ausência da intensidade
Pintariam
retratos com tanta propriedade?
E a luz
própria, que procuramos descobrir
Teria algum
sentido em surgir?
Se tudo
nascesse claridade
E da penumbra
não surgisse...
Onde estaria
a felicidade
No fim de uma
jornada que não existisse?
Conta-me...
Como é o sol,
lua sincera?
Encanta-me...
Teu lume
azul, tua esfera.”
O poema nos fala da
evolução humana, e dos caminhos que trilhamos para alcançar o objetivo maior, a
sublimidade, a perfeição.
O processo
evolutivo não dá saltos. Tudo no Universo segue desenvolvimentos graduais,
desde as transformações das galáxias, dos globos, até o crescimento moral dos
Espíritos.
Não há criatura no
Universo criada perfeita. A perfeição é finalidade de todos, e não há privilégios
na Criação Divina.
Os anjos, por
exemplo, são apenas Espíritos Superiores, que alcançaram este estágio de beleza
moral e intelectual por seus próprios esforços.
Partimos todos, sem
exceção, da ignorância e da simplicidade, destinados à felicidade, à perfeição.
Seguimos nossos
caminhos fazendo escolhas, regidos pela Lei maior de Causa e Efeito, voltando à
carne tantas e tantas vezes para desenvolver nossas virtudes, semeadas nos
jardins íntimos da potencialidade.
Criaturas de Deus -
desta Inteligência Suprema e Causa Primeira de todas as coisas - levamos as
Leis maiores do Universo nas vastas naves da consciência.
Criaturas de Deus,
trazemos a possibilidade do contato constante com o Pai, através da oração
sincera e da confiança raciocinada nos mecanismos educacionais da vida.
Criaturas de Deus,
partimos da penumbra, da ausência das virtudes no coração, com o objetivo de
conquistar a luminescência própria, assim como os astros do Cosmos que
aprendemos a chamar de sóis.
* * *
Todos trazemos o
sol potencial em nossas almas...
Todos trazemos a
perfeição potencial em nossas almas...
Resta-nos seguir, e
seguir em frente, conquistando a felicidade em cada alvorada, em cada nova
oportunidade que o Criador nos concede de darmos mais um passo, de brilhar um
pouco mais nossa luz.
Resta-nos seguir,
seguir e amar, pois não há senda mais segura e agradável do que aquela apontada
pelo amor...
Texto da Equipe de
Redação do Momento Espírita, com base no poema Claro escuro, de Andrey
Cechelero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário