Ken O’Donnel, ed. Gente |
Havia um rei que, apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado de sua riqueza. De uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o, mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.
Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei. Ele queria descobrir qual era o segredo daquele monarca.
Como sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava as sagradas escrituras, nem levava uma vida de penitência e renúncia, ao contrário, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com tantas coisas materiais.
Afinal, ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da Terra, vivia meditando e estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se em tormenta. E o rei era virtuoso. E amado por todos.
Ao chegar em frente ao monarca, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma. Sua majestade lhe respondeu:
Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo. Porém, há uma condição. Se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto no mesmo instante.
O sábio tomou de uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou:
Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?
O sábio, que ainda estava tremendo, por conta da experiência, porque temia perder a vida se a chama apagasse, respondeu:
Majestade, não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada.
Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo:
Pois é assim que eu vivo. Tenho toda minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma que, embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam. Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença e não o contrário.
O sábio representa, na história, as pessoas insatisfeitas, aquelas que dizem que nada lhes sai bem. Vivem irritadas e afirmam ter raiva da vida.
O rei representa as criaturas tranquilas, ajustadas, confiantes. Criaturas que são candidatas ao triunfo nas atividades a que se dedicam. São sempre agradáveis, sociáveis e estimuladoras.
Quando se tornam líderes são criativas, dignas e enriquecedoras.
Desse último grupo fazem parte os que promovem o desenvolvimento da sociedade, os gênios criadores e os grandes garimpadores da verdade.
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JOANNA DE ÂNGELIS E DIVALDO PEREIRA FRANCO |
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Com ligeiras variações, é sempre o lar que responde pela felicidade ou a desgraça da criatura. É o lar que gera as criaturas de bem ou os candidatos à perturbação.
É na infância que o Espírito encarnado plasma a sua escala de valores que lhe orientará a vida.
Por tudo isso, o carinho na infância, o amor e a ternura, ao lado do respeito que merece a criança, são fundamentais para a formação de homens saudáveis, ricos de beleza, de bondade, de amor, que influenciam positivamente a sociedade onde vivem.
Em nossas mãos, na qualidade de pais, repousa a grande decisão: como desejamos que sejam os nossos filhos: tranquilos como o rei ou atormentados como o sábio?
Redação do Momento Espírita, com base no livro A paz
começa com você, de O’Donnel, ed. Gente e no cap. 3, do livro
Momentos de consciência, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 8.11.2013.
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