domingo, 8 de março de 2015

AMAR A QUEM?

Dia desses surpreendemos duas senhoras a conversar. E seu diálogo nos atraiu verdadeiramente a atenção. Indagava uma à outra porque ela se envolvia tanto com campanhas para as crianças carentes assistidas por uma determinada entidade filantrópica. Ora, respondeu a outra, porque disponho de tempo, porque as crianças precisam, porque gosto de me envolver com tarefa assistencial. Mas, continuou a primeira, essa instituição não é da nossa religião. A resposta da dama que se dedicava de corpo e alma ao trabalho de assistência foi rápida: Mas são nossos irmãos. A primeira ainda prosseguiu com sua argumentação, enquanto nos afastávamos do local a pensar. Estranha forma de nos dizermos cristãos. Transformando-nos em pessoas sectárias, fechadas. Esquecidas de que o Mestre nos recomendou: Amai-vos uns aos outros. Ele mesmo, durante sua estada entre os homens, teve oportunidade, por mais de uma vez, mostrar que não importava a nacionalidade, a doutrina política, a crença religiosa, o cargo e a cor da pele. Por isso mesmo, Ele tomou o samaritano como exemplo do homem bom que atende o caído na estrada, sem nada lhe indagar. Fala à samaritana, no poço de Jacó, convidando-a à mudança de rumo e transformando-a numa disseminadora das luzes da Boa Nova. Falando a respeito do centurião a quem cura o servo à distância, comenta: Jamais vi tamanha fé em Israel! Convida Mateus, um coletor de impostos, para ser um dos Apóstolos. Visita Zaqueu, o publicano, e socorre a equivocada Maria de Magdala, amparando também a mulher adúltera. Jesus viajou pelas terras da Judéia, da Galiléia e da Samaria. E afirmou: Nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou se perderá. Como podemos agir de forma diversa, estabelecendo limites no auxílio, condicionados à crença religiosa? Então não somos todos filhos do mesmo Pai? Ele não nos criou crentes desta ou daquela doutrina. Criou-nos Seus filhos. Todos partidos do mesmo ponto, da simplicidade e da ignorância, e com idêntico objetivo: a perfeição. Não nos armemos uns contra os outros, mas nos amemos. Façamos o bem a quem esteja próximo, sem distinção alguma. E, se pudermos, estendamos a nossa ação a quem esteja distante, mesmo que não pertença à nossa raça, que tenha nascido em outro País, que habite outros Estados. Meditemos que, quando as súplicas sinceras chegam ao bondoso Pai, Ele não pergunta como cremos, onde estamos. Conforme nos ensinou Jesus, tudo o que pedirmos a Ele em Seu nome, nos será concedido. Da mesma forma que recebemos tanto bem do Criador, saibamos distribuir igualmente a todos. Mesmo porque as questões de cor, nacionalidade, credo político ou religioso são questões transitórias, que duram uma vida rápida, passageira, considerando-se o Espírito imortal. 
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O bem é tudo o que estimula a vida, produz para a vida, respeita e dá dignidade à vida. Quando não puder fazer o bem, pense nele. Valorize o bem que você possa fazer e faça-o quanto possa e onde esteja. 
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

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