AMÉLIA RODRIGUES |
O dia apenas amanhecera...
Mas aquele não era um dia comum. Era o primeiro dia de uma nova era que se iniciava para a Humanidade inteira...
A partir daquele acontecimento, o Mundo jamais seria o mesmo. Um acontecimento que constituiria um novo marco na História...
Amanheceu o dia... E as luzes daquele amanhecer se espalharam lentamente sobre Israel para, logo mais, pairar soberanas por sobre toda a Terra...
As almas se aquietaram ante a mensagem silenciosa que envolvia o Oriente...
Os sofredores sentiram que um novo alento chegava para balsamizar seus corações em brasa...
Os cegos vislumbraram uma chama que despontava além da escuridão... E os pobres desprezados ouviram, naquele amanhecer, uma canção de esperança a ecoar por todos os rincões da Terra...
O dia apenas amanhecera... E os equivocados, que se julgavam donos absolutos do poder, sentiram suas bases tremerem diante Daquele que viera investido de todos os poderes e glórias, em nome do Pai...
Os hipócritas se confundiram, e os ricos de alma pobre perceberam a fragilidade de suas posses temporárias...
Em Belém... Ele chega silencioso, puro, soberano, e fica...
Ele reúne os aflitos e os agasalha junto ao próprio peito...
Nada solicita, não exige coisa alguma... Apenas ampara.
Libertador por excelência, canta o hino da verdadeira liberdade, ensinando a destruir os grilhões da inferioridade que prende o homem às mais cruéis cadeias...
Sol de primeira grandeza, espanca com a Sua claridade as sombras dos milênios...
A suavidade da Sua voz mansa acorda as esperanças adormecidas e faz que se levantem os ideais esquecidos...
Ao forte clamor do Seu verbo erguem-se os dias, e as horas do futuro vibram, aprofundando na alma do Mundo os alicerces da Humanidade feliz do porvir...
Jesus, Rei Celeste, aceita como berço a manjedoura de uma estrebaria singela, deixando para a Humanidade a profunda lição da humildade, inaugurando um reinado diferente entre as criaturas.
Senhor do Mundo, deixa-Se confundir com a multidão esfarrapada, espalhando Seu suave perfume entre os sofredores.
Troca as glórias dos céus pelas tardes quentes de Jericó...
Deixa a companhia dos Espíritos puros para caminhar entre os miseráveis de toda sorte...
Aceita o pó das estradas e enfrenta fome e frio para acalentar os infelizes sem esperanças que se arrastavam sobre a Terra.
Abandona os esplendores da Via Láctea para pregar a Boa Nova nas madrugadas mornas de Cafarnaum...
Deixa as melodias celestes para cantar a esperança embalada pela orquestra espontânea da natureza, no cenário das primaveras e verões, entre as aldeias e o lago.
É traído, desprezado e pregado numa cruz...
Mas ressurge numa tranqüila e luminosa manhã para dizer que a Vida não cessa e reafirmar que estaria conosco para todo o sempre...
* * *
O dia apenas amanhece...
É Natal...
Que as luzes desse amanhecer se espalhem lentamente sobre seu coração, sobre o seu lar, sobre a Terra inteira...
E que o suave perfume do aniversariante penetre em sua intimidade, discreto, silencioso e aí permaneça para sempre, para que você possa sentir um Feliz Natal.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1 do livro Primícias do reino,
pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. Leal.
Em 01.12.2008.
pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. Leal.
Em 01.12.2008.
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