sexta-feira, 18 de agosto de 2023

LEI DO DESTINO

O destino é um tema instigante, sobre o qual muito se debate. As opiniões costumam divergir bastante. 
Alguns admitem a existência do destino, ao passo que outros a repudiam. 
Há quem afirme que tudo o que ocorre já está previamente traçado. 
Outra corrente de opinião sustenta que apenas os pontos capitais da vida estão definidos. 
Discute-se se é possível mudar o destino. 
Basta observar o mundo para perceber como são díspares as vidas das pessoas. 
Algumas são bonitas, inteligentes, saudáveis e possuem situação financeira confortável. 
Outras vivem a braços com misérias, doenças e dificuldades. Se há destino, como ele é definido? 
Trata-se de um sorteio feito no instante do nascimento?
Alguns recebem bênçãos e, outros, desgraças? 
O Espiritismo ensina que o destino efetivamente existe. 
Não se trata de algo aleatório, mas que obedece a uma lei.
Há uma ordenação de índole geral, que rege a vida e a evolução dos Espíritos. 
Essa lei reflete a bondade e a justiça Divinas, em seus mínimos desdobramentos. 
A liberdade é um elemento imprescindível do progresso.
Todos os Espíritos são livres para pensar e agir. 
Mas experimentam as consequências dos seus atos. 
O que hoje se vive é reflexo do que se fez e viveu no pretérito.
Todas as atitudes preparam um caminho de sombra ou de luz.
Cada ser forja, no dia a dia, as algemas que o aprisionarão ou as asas que o elevarão ao infinito. 
O bem e o mal praticados constituem o destino. 
Durante a vida terrestre, não raro o homem consegue abafar a voz da consciência.
No plano espiritual, após a morte, tudo muda de figura. 
O Espírito contempla, no cenário de sua consciência, os atos que praticou e as consequências que deles advieram. 
Ele se vê tal qual é, sem ilusões ou desculpas. 
Compara seu estado com o de entidades enobrecidas pelo cumprimento do dever, e deseja regenerar-se perante seus próprios olhos. 
Entusiasmado, elabora planos de reabilitação: renascerá junto às pessoas que prejudicou. 
Trabalhará duramente e na pobreza, se foi rico avarento e orgulhoso. 
Reconduzirá ao bem os que levou ao vício, e assim por diante. 
Esse plano configura o destino que o Espírito preparou e aceita para si. 
Ele constitui um mapa de regeneração, cujo caminho deseja trilhar com ardor. 
Mas a liberdade permanece regendo a vida. 
A pessoa pode ou não seguir o roteiro que preparou para si.
Algumas injunções são imperiosas, como a família e o meio social em que se nasce. 
Entretanto, o comportamento digno ou indigno em face das dificuldades resulta de opções feitas na nova vida. 
Se o Espírito optar pelo bem e lutar com galhardia, ressurgirá enobrecido perante a própria consciência. 
Caso contrário, terá atrasado o resgate de seus erros e dado causa a maiores angústias em seu futuro. 
Mas, cedo ou tarde, trilhará a rota da libertação, pois o progresso é uma Lei Divina inexorável. 
Assim, liberdade, responsabilidade e mérito são a essência da Lei do destino. Cada qual faz o seu. 
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 30.5.2018.

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