segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A LEI DE COOPERAÇÃO

A espiritualidade superior ensina que o isolamento é contrário à natureza humana. 
Segundo ela, o homem é instintivamente gregário por motivos providenciais. 
Ele precisa progredir e o progresso é sempre fruto da colaboração de muitos. 
Em regra, o homem busca a vida em sociedade por razões pessoais. 
Ocorre que as criaturas possuem diferentes habilidades e caracteres. 
Mediante o convívio, elas se aproveitam dos talentos recíprocos e aprendem umas com as outras. 
Justamente por isso, a força de uma sociedade advém da diversidade de seus integrantes. 
Quando a diversidade é valorizada, tem-se um organismo social dinâmico e eficiente. 
Ao contrário, toda tentativa de uniformização, com intolerância ao diferente, implica enfraquecimento. 
Pode-se entender que vigora no âmbito humano uma lei geral de cooperação. 
Ela se apresenta nos mais variados contextos, dos triviais aos sublimes. 
Por exemplo, Jesus encarnou na Terra para ensinar e exemplificar a vivência do bem, na conformidade dos desígnios divinos. 
Dotado de extremas sabedoria e pureza, ainda assim buscou companheiros para auxiliá-lO na tarefa. 
Escolheu doze Apóstolos, aos quais ministrou os mais variados ensinamentos. 
Orientou-os, burilou-os e amparou-os para que no tempo devido sustentassem a vivência do Evangelho no mundo. 
Os Apóstolos eram diferentes entre si. 
Havia os reflexivos, os exaltados, os emotivos e os práticos.
Jesus a nenhum desprezou. 
Antes, soube aproveitar suas diferentes habilidades para o sucesso da empreitada evangélica. 
Certamente, ao assim agir, o Mestre Divino sinalizou a importância da cooperação e da tolerância. 
Dotado de poderes magnéticos desconhecidos e de extraordinária sabedoria, nem por isso quis fazer tudo sozinho. 
Soube dividir o peso da tarefa com homens rudes e que não O compreendiam bem. 
Esse eloquente exemplo demanda detida reflexão. 
A vida em sociedade nem sempre é fácil. 
Entre pessoas de visões e habilidades diversas, por vezes surgem discussões e desentendimentos. 
Ocorre que o bem pujante nunca é obra de um homem só.
Toda realização de importância é sempre fruto do esforço de incontáveis envolvidos. 
Apenas é preciso ser tolerante para conviver com o diferente.
A fim de que o melhor resultado surja, importa aprender a admirar opiniões divergentes. 
Não apenas tolerá-las, mas valorizá-las, no que apresentem de positivo. 
Sem dúvida, é possível agir sozinho na luta por um ideal.
Ocorre que, quando várias mãos se juntam, o bem se multiplica e expande. 
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita, v.10, ed. FEP. 
Em 18.06.2018.

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