DIVALDO PEREIRA FRANCO E JOANNA DE ÂNGELIS |
Foi no ano de 1912 que a escritora americana Eleanor Hodman Porter lançou a novela intitulada Polyanna. A repercussão, na época, no mundo inteiro, foi de uma impressionante onda de esperança, entusiasmo e otimismo.
A novela relata a história de uma menina, órfã de mãe, cujo pai encomenda, para o Natal, uma boneca que ela estava pedindo há muito tempo.
Quando chegou a encomenda, contudo, para grande decepção da menina, o embrulho continha um par de muletas.
Quando ela começa a chorar, o pai a consola dizendo que ela deve ficar contente.
-Contente por quê? Desabafa ela. Eu pedi uma boneca e ganhei um par de muletas.
-Pois fique contente por não precisar delas.
A partir daí, o pai, muito sábio, estabelece o que ele chamaria o jogo do contente.
Assim, quando ele morre e Polyanna é entregue aos cuidados de uma tia amarga, carrancuda, exigente, em vez de sofrer com as maldades que ela lhe apronta, Polyanna encontra em tudo um motivo para ser feliz.
O quarto é muito pequeno? Ótimo, assim ela o limpará bem mais depressa.
Não existem quadros na parede, como havia em sua casa? Que bom, assim ela poderá abrir a janela e olhar os quadros da natureza, ao vivo.
Não tem um espelho? Excelente, assim nem verá as sardas do seu rosto.
Mais tarde, ela acabará conquistando para o jogo do contente a empregada e a própria tia, austera e má.
Portanto, nos momentos de graves dificuldades, busquemos os motivos para nos alegrarmos.
Nosso passeio de final de semana não deu certo, por causa da chuva que caiu torrencial? Alegremo-nos por estarmos em nossa casa, abrigados, e aproveitemos esses dias para uma convivência maior com a família.
A viagem de férias, tão planejada, foi por água abaixo porque o salário não chegou e a gratificação foi menor do que o esperado?
Fiquemos contentes e vamos curtir o cantinho doméstico. Aproveitemos o tempo para conviver com os amigos, sair com os filhos. Conhecer os recantos públicos da cidade, conviver com a natureza.
* * *
Viver com alegria é uma arte. Por isso mesmo, preservemos a jovialidade em nossa conduta. Porque um cenho carregado sempre reflete aflição, desgosto e contrariedade. E não faz bem a ninguém.
Destilemos alegria e bom ânimo, irradiando o bem-estar que provém de nosso coração.
O tesouro de um comportamento jovial tem o preço da felicidade que oferece a todas as pessoas.
Alegremo-nos e nos sintamos felizes por viver na Terra, especialmente nesta nova era de um novo milênio de tantas esperanças. Colaboremos eficazmente pela concretização do bem nos corações e a paz no mundo, começando pela construção em nós mesmos.
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