segunda-feira, 28 de novembro de 2022

INSTRUMENTO PRECIOSO

DIVALDO PEREIRA FRANCO
É bastante comum se ouvir referências à busca da fortuna. 
Pensando assim, há os que agem com loucura e perdem os bens em jogos diversos, desejando possuir mais e mais. 
Pensa-se em loterias e outras formas fáceis de angariar valores, porque todos desejam ter um grande tesouro. 
Entretanto, para todos os que nascem na Terra, o Divino Pai concedeu um tesouro inestimável. 
É o corpo físico. 
Carinhosamente concebido na intimidade da mulher, partindo de um ovo minúsculo, ele se transforma num complexo de sessenta trilhões de células quando adulto. 
Dentre os tantos órgãos espetaculares que o compõem, o cérebro, e só ele, é formado por mais de setenta bilhões de neurônios. 
Ele comanda todas as funções do organismo. 
Se desejamos atravessar a rua, em um local onde não haja semáforo, olhamos para um lado e outro. 
Se verificamos que um carro aponta na rua, rapidamente é nosso cérebro que calcula, sem que nos demos conta, em fração de segundo, a distância do veículo, a distância que temos para atravessar e determina o ritmo do nosso passo ou nos diz que devemos aguardar a passagem do veículo. 
Por se tratar de uma máquina e uma máquina muito especial, o corpo é dotado de um sistema de autorreparação. 
Pede-nos repouso quando necessita, determinando o número de horas para a recuperação devida.
Pede-nos combustível em forma de ar puro, alimento sadio, acionando mecanismos próprios. 
Temos um estômago de tal forma disposto que, se sentimos fome e pensamos em comer uma pizza, logo o estômago se prepara para receber e realizar a digestão de uma pizza. 
Se, ao contrário, sentimos o aroma de um bife em preparo, todo ele se dispõe de forma diferente, ao ponto de sentirmos água na boca. 
O sangue, que corre por todo o nosso organismo, viaja por quase cento e setenta mil quilômetros de artérias, veias e vasos para levar alimento a todas as células. 
Tal instrumento valioso é forte, para vencer grandes lutas e desafios.
Possui uma incrível elasticidade de adaptação. 
Ao mesmo tempo, se mostra frágil, podendo perecer e se decompor com rapidez. 
Por isso mesmo, nos exige cuidados. 
Nutri-lo sem exageros. 
Vitalizá-lo com pensamentos dignos, elevados, para que ele não se impregne de toxinas que lhe minariam as energias e envenenariam as possibilidades vitais. 
Respeitá-lo em público ou a sós, não o exibindo de forma vulgar, porque ele é a casa temporária do Espírito. 
Utilizá-lo bem, permitindo-lhe longas caminhadas e exercícios físicos, que o ajudem a se manter em forma, contudo não o desgastando em noitadas de loucura. 
Não o destruamos pelo vício de qualquer natureza, mesmo aqueles que a sociedade considera toleráveis, aceitáveis. 
Sirvamo-nos dele de tal forma que nunca tenhamos de nos arrepender, quando a doença o atingir por nossa própria imprudência.
Um dia, quando o deixarmos na Terra, haveremos de agradecer a Deus pela dádiva que ele foi, pelo tanto que nos permitiu progredir, fazer e realizar. 
Amemos, pois, esse instrumento divino, e nos tornemos através dele, um ser de intensa luz, vivendo e aprendendo sempre.
* * *
O corpo é instrumento valioso que o Criador concede ao Espírito para lhe facilitar o progresso, pelos milênios afora. 
Amar o corpo, respeitá-lo, usá-lo com sabedoria é o que nos compete. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 19, do Livro Sendas luminosas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 18.7.2016.

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