sábado, 12 de novembro de 2022

INSPIRAÇÃO E TRANSPIRAÇÃO

Satyendra Gautam Manjhi
É comum, em nossas vidas, quando as coisas se tornam difíceis, optarmos pela desistência. 
Dessa maneira, abandonamos alguns sonhos, deixamos de lutar um tanto mais por algo que desejamos. 
Existem pessoas, porém, que nunca desistem, mesmo que aquilo que almejam demore décadas para se concretizar. 
O indiano Satyendra Gautam Manjhi representa um desses exemplos. 
Morava em uma região desértica, no Estado de Bihar, e foi aconselhado, por outro idealista, a tornar produtivo o espaço onde residia. 
Precisou lutar com o solo arenoso, proteger dos animais as mudas recém-plantadas, colocando árvores espinhosas ao seu derredor e, ainda, transportar água de longa distância para irrigá-las. 
Nada o deteve e depois de pouco mais de uma década, o terreno baldio se transformou em um pomar com cerca de dez mil árvores.
As frutas, na maioria goiabas, são comercializadas na região. 
Quem o incentivou, foi alguém não menos esforçado. 
Dashrath Manjhi
Falamos de Dashrath Manjhi, que morreu, em 2007, mas realizou uma verdadeira proeza. 
Usando apenas um martelo e um cinzel, ele abriu sozinho um caminho de cento e dez metros, para encurtar o trajeto entre dois vilarejos. 
Esse trabalho lhe custou vinte e dois anos, mas diminuiu a distância do percurso entre os dois lugares, de cinquenta e cinco para quinze quilômetros. 
Quanto ao seu seguidor, Satyendra, foi reconhecido pelo governo local como um nome importante na proteção ambiental. 
* * * 
Exemplos assim nos levam a pensar naquela vontade de termos algumas plantas enfeitando nosso jardim. 
Gostaríamos de ter rosas, margaridas, cravos enchendo de cores e de perfume a frente de nossa casa. 
Ou talvez, sonhemos apenas com alguns vasos, no hall de entrada ou na sacada. 
Quase sempre, começamos, mas como nos exigem cuidados diários, desistimos. 
Um dia, deixamos de pôr água, no outro, esquecemos os vasos em local de sol inclemente e lá se vai a nossa inspiração e o desejo de apreciar o colorido e o perfume das flores. 
Tudo, na Terra em que vivemos, nos exige esforço. 
Por isso, à inspiração devemos acrescentar a transpiração. É preciso trabalhar, suar, para obter os resultados que desejamos. 
Para colhermos flores, hortaliças ou frutos, precisaremos revolver a terra, adubá-la, ficarmos atentos às pragas, providenciar a poda quando indicada, e jamais esquecermos da água. 
Então, com que contentamento, poderemos ver as flores desabrochando, nossa horta produzindo, nosso pomar, que pode ser de uma única árvore, a nos oferecer seus frutos. 
Nesse momento, também haveremos de lembrar de quantos trabalham a terra, para nos oferecer os grãos, as hortaliças, os cereais. 
Com certeza, valorizaremos ainda mais esses dedicados agricultores, pomicultores que, ano a ano, produzem o alimento que nos chega à mesa, tão delicioso. 
Valorizaremos os jardins floridos, os pomares repletos de frutas, as hortas verdejantes e bem cuidados porque descobrimos o quanto de dedicação exigem. 
Obrigada, amigos, por tudo que nos disponibilizam, com seu incessante esforço. 
Redação do Momento Espírita, com base em Redação Hypeness, do site www.hypeness.com.br, datada de 1º.3.2021. 
Em 14.8.2021.

Nenhum comentário:

Postar um comentário