Quando adentramos o conhecimento do que nos rodeia, mais somos convidados a reverenciar a Divindade, que tudo fez, descendo a mínimos detalhes.
No reino animal, por exemplo, ao observar como cada espécie se reproduz, tem seu ciclo de desenvolvimento, numa perfeita cadeia alimentar.
O guepardo, entre os animais terrestres, é o maior corredor. Seu corpo esguio, pernas longas, espinha flexível, é perfeitamente desenhado para arrancadas rápidas.
Em três segundos, a partir da imobilidade, ele pode alcançar cem quilômetros por hora.
O segredo dessa incrível velocidade é a flexão e extensão da sua espinha, que aumentam muito o comprimento de sua passada, ou seja, a distância entre o ponto onde suas patas traseiras deixam o solo e o ponto onde voltam a tocá-lo.
A enorme aceleração desse felino é aumentada porque as suas garras, que não se retraem totalmente, funcionam como as travas dos tênis dos corredores, enquanto a cauda, que pode chegar a oitenta centímetros de comprimento, auxilia na estabilidade das curvas.
Nesse processo todo, ele mantém a cabeça firme devido à grande flexibilidade de suas espáduas. Uma estreita faixa de células fotossensíveis concentradas em suas retinas permite que ele distinga a presa no meio da paisagem.
Sua presa favorita é a gazela. Se ela estiver quieta, ele age furtivamente, escondendo-se na vegetação. Qualquer que seja a forma de aproximação, muita energia será despendida no momento do ataque.
O felino corre em linha reta, prevendo a direção da sua presa para interceptá-la. Então, ataca as patas traseiras da sua vítima, joga-se sobre ela e a sufoca, em minutos, com forte mordida na garganta.
Quando não consegue alcançar a presa, depois de uns vinte segundos, ele desiste da caça. Isso porque a velocidade que desenvolve exige muito de seu organismo.
Embora a corrida seja curta, o guepardo precisa descansar e recuperar o fôlego.
Nessa corrida, a temperatura do corpo sobe perigosamente a quarenta graus, um nível que, mantido por mais de um minuto, pode causar lesão cerebral.
Por isso, ele se senta e respira fundo por uns quinze minutos. Após o descanso, estará pronto para comer ou, caso não tenha conseguido nada, recomeçar a caçada.
O que é extraordinário não é observar todos os detalhes desse corpo aerodinâmico, a velocidade incrível que alcança em segundos, mas observar que, para manter o equilíbrio da natureza, sua vítima foi equipada com recursos importantes que determinam a sua sobrevivência.
Por exemplo, ela dispõe de um processo de ventilação, graças às narinas, que refrigera o cérebro e, por isso, pode correr por mais tempo do que seu perseguidor.
Também, por instinto, ela o confunde, por vezes, na sua fuga, dando saltos verticais de até três metros, saindo, portanto, do campo de visão do guepardo.
Erro e acerto, fracasso e êxito, determinam, exatamente, o controle predatório, de forma que se mantenha o equilíbrio na natureza.
Não é extraordinário estudarmos zoologia e descobrirmos a engenhosidade Divina em cada detalhe, milimetricamente pensado, analisado, providenciado?
Redação do Momento Espírita.
Em 5.7.2016.
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