Ela se sentira bem até há pouco. De repente, algo mudou. Uma sensação de desânimo a dominou.
Parecia perceber que alguma coisa não estava bem. Sentia angústia sem conseguir determinar o motivo.
Fechou o livro que estava lendo, sem ânimo para prosseguir na leitura.
Olhou para o crochê, sobre a mesa. Apenas olhou para a cesta de linhas, sem vontade alguma.
Ligou a televisão, mas seu pensamento estava longe.
Pensou em sair um pouco. Entretanto, mal atravessou a porta que dava para o jardim, deu alguns passos, e voltou.
Parecia-lhe que alguém a chamava repetidamente, sem conseguir imaginar quem seria.
Finalmente, recordou da oração. Recolheu-se ao quarto. Na prece sentida, pediu auxílio ao seu anjo de guarda. Também lembrou de pedir pelos necessitados, pelos que estivessem se despedindo da vida, pelos que estivessem atravessando dores superlativas.
Sentiu-se acalmar. Depois de algum tempo, retomou seus afazeres, de forma normal.
No dia seguinte, a surpresa. Notícia do exterior lhe informava que uma amiga muito querida morrera na véspera, vítima de um acidente.
Lendo os detalhes, Ester constatou que a hora do acidente coincidia com a do momento em que principiara a se sentir incomodada, na tarde anterior.
* * *
Importante sabermos que para os pensamentos e sentimentos não existem barreiras.
No momento em que pensamos, automaticamente nos transportamos ao objeto do nosso interesse, seja pessoa ou local.
Como nosso pensamento é alimentado e impulsionado pelos sentimentos, a carga de emoções o acompanha.
Se as emoções são positivas, cheias de energias confortadoras, essas chegarão ao destino, beneficiando sempre.
Se as emoções forem de tristeza, as energias que despendemos chegam ao ponto que fixamos, contagiando.
Se forem pensamentos destrutivos, envoltos em nuvens negativas e destruidoras, seguem carregados de ondas que perturbam.
Pensamento é energia.
Todos o utilizamos, embora nem todos saibamos da força que através dele movimentamos.
Força que pode ser positiva, neutra ou negativa, dependendo dos sentimentos que a impulsionam.
No caso em pauta, a amiga, ao morrer, pensara em Ester, como se a desejasse avisar do ocorrido.
Ester teve os sentimentos de tristeza, desânimo, sem definir o que ocorrera, quando o pensamento da amiga a alcançara.
A prece, buscada na hora oportuna, teve o condão de acalmar a receptora e, igualmente, alcançar a emissora.
Por isso, adveio a tranquilidade.
* * *
Foi o Mestre Jesus quem nos ensinou a orar e a orar uns pelos outros.
Dessa forma, a prece, em momentos de inquietação, é excelente terapêutica.
Ao orarmos ao Pai, pedindo por nós ou por outrem, a resposta não tarda.
Orar é revestir o pensamento em muito amor, carinho, e boas intenções.
A oração nos propicia clima positivo, auxiliando, inclusive, aos que nos estão próximos ou a nós estejam ligados, pelos laços do afeto.
Dessa forma, para louvar – oremos...
Para pedir – oremos...
Para agradecer – oremos...
Mantenhamo-nos ligados ao Bem Superior.
Redação do Momento Espírita.
Em 14.5.2016.
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