quinta-feira, 25 de agosto de 2022

IMPREVISÍVEL, INSUPEITÁVEL, INESPERADO

Adolfo Teixeira da Silva e Antônio
Foram cinquenta anos de angustiosa procura. 
Os irmãos Adolfo e Antônio perderam o contato quando deixaram o Estado de Pernambuco, na década de 1960, e se mudaram para a região sudeste do Brasil, em busca de melhores oportunidades. 
A comunicação à época era difícil e, embora tenham se procurado por anos a fio, não conseguiram se reencontrar.
Quando se aposentou, Adolfo decidiu retornar à região nordeste, instalando-se em Maceió. 
Por conta de um problema de saúde, foi internado em hospital de grande porte da capital alagoense. 
No leito ao lado de Adolfo, outro homem também estava internado. 
As enfermeiras estranharam ao perceber que o sobrenome dos dois pacientes era idêntico e questionaram Adolfo se ele conhecia alguém chamado Antônio. 
Cheio de esperança, ele pediu à sua filha que indagasse ao companheiro de internamento o nome do pai dele. 
-Pedro da Silva, foi a resposta. 
Era o nome do pai de Adolfo. 
No mesmo instante, ele pediu a alguém que fosse à sua casa buscar uma antiga foto de família, na qual seu pai e seus irmãos estavam retratados. 
Quando mostraram a foto a Antônio, copiosas lágrimas rolaram por sua face. 
Não havia mais dúvidas: os irmãos haviam se reencontrado.
Antônio também se mudara para Maceió na ocasião de sua aposentadoria e eles não faziam ideia de que moravam próximos um do outro há quase dez anos. 
Tantos anos passamos separados, tantas foram as tentativas frustradas de nos reencontrarmos para, de repente, sermos internados no mesmo dia, um ao lado do outro. 
Foi um reencontro de emoção indescritível, um verdadeiro mistério de Deus, revela Adolfo, emocionado. 
* * * 
Encontros, desencontros, chegadas, despedidas, alegrias, tristezas. Em nossa existência, nada ocorre por acaso. 
As provações e tribulações pelas quais passamos, os sucessos e os insucessos da vida, o país no qual residimos, a religião que professamos, as condições financeiras de que desfrutamos, para tudo há uma explicação. 
A família na qual fomos acolhidos, as amizades que cultivamos, o companheiro ou a companheira que elegemos, os filhos que nos foram confiados, nada disso deve ser atribuído ao acaso. 
Atentemo-nos às nossas escolhas. 
São elas as responsáveis pelos acontecimentos tanto do passado quanto pelos do presente e futuros, felizes ou infelizes, comumente atribuídos ao acaso, à sorte ou ao azar.
Por assim ser, é preciso responsabilidade ao fazermos uso do livre-arbítrio que o Criador nos concedeu. 
A lei de causa e efeito é universal: para cada escolha, uma consequência. 
Sem dúvida, é certo que podemos contar com a misericórdia Divina, que leva em conta as nossas fraquezas. 
Porém, no devido tempo, quando estivermos preparados, a justiça de Deus permite que reparemos as faltas cometidas, registradas no tribunal da consciência. 
* * * 
O que rege as nossas existências não é o acaso, mas, sim, o livre-arbítrio, uma responsabilidade que o ser conquista por meio do progresso intelecto-moral. 
Afinal, imprevisível é a presença Divina surpreendendo a qualquer falta cometida. 
Insuspeitável é a interferência Divina sempre vigilante. Inesperado é a ocorrência Divina trabalhando pela ordem.
Pensemos nisso! 
Redação do Momento Espírita,com base na biografia de Adolfo Teixeira da Silva e com transcrição de frases do cap. 3, do livro Alerta, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 26.1.2018.

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