sexta-feira, 19 de agosto de 2022

A ERA DA ANSIEDADE

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANNA DE ÂNGELIS
Respire fundo. 
Feche os olhos. 
Expire sem pressa. 
Você é capaz de estar aqui, presente por completo, durante estes cinco minutos? 
Poucos de nós conseguimos. 
A mente e o coração andam agitados demais e, se o corpo não respirasse sozinho teríamos dificuldade até para inspirar e expirar. 
Muitos andamos sobrecarregados emocionalmente. Incertezas, preocupações, medos – são tantos os nomes que aprendemos a dar. 
O mundo nos exige muito: competição desenfreada, satisfações a todos, padrões que mudam toda hora. 
Por isso, a raiva surge sem ser convidada e com frequência incômoda. 
A impaciência está presente quase sempre. 
O mau humor parece que veio para ficar. 
Tudo nos incomoda. 
Difícil tolerar as pequenas coisas, as pequenas adversidades, os pequenos tropeços dos outros e também os nossos. Difícil agradar. 
Difícil estar sempre bem. 
Difícil atender as expectativas... 
Alguns pedimos ajuda. 
Resolvemos fazer terapia, tratamentos mais profundos, buscando alguém que nos ensine a nos conhecer e a desacelerar. 
Muitos só estamos toleráveis para nós e para os que vivem ao nosso redor graças à medicação. 
Vivemos a era dos medicamentos, que atuam no reequilíbrio das emoções, que auxiliam a reorganizar a mente, que se perdeu de uma forma preocupante. 
Vivemos a era da ansiedade. 
Então, o que podemos fazer por nós? 
Como conquistar o equilíbrio em meio ao caos de dentro e de fora? 
Somente uma reanálise da existência e seus verdadeiros propósitos é capaz de organizar o Espírito em agonia.
Recordar que somos Espírito numa experiência temporária no corpo. 
Assim, os ideais espiritualistas, o conhecimento da sobrevivência à morte física, tranquilizam o homem, fazendo com que considere a transitoriedade do corpo e a perenidade da vida. 
Buscar aplicar o tempo na aquisição de recursos imortais, de tudo aquilo que levaremos conosco, que nos propicie beleza da alma, que nos traga paz e perfeição. 
Guardar, disciplinadamente, intervalos para a meditação diária, mesmo com dificuldade, nos primeiros momentos desse exercício. 
Ter a oração como higiene espiritual indispensável, várias vezes ao dia. 
Alimentar-se de conteúdos enriquecedores na área da cultura, das artes, dos estudos. 
Toda boa palavra ressoando, seguidamente, nas paredes da alma vai lhe alterando os padrões vibratórios. 
Desligar-se dos eletrônicos, desconectar-se de tudo que é fonte de ansiedade, a partir de determinado horário do dia, favorecendo a preparação para uma boa noite de sono. 
Se desejamos aproveitar melhor o momento do desligamento temporário da noite, quando o Espírito estará em atividade no mundo espiritual, preparemo-nos melhor, programando os sonhos com mais seriedade e compromisso renovador. 
Por fim, são válidas ainda, para este momento de ansiedade, de insatisfação, de tormento, as lições do Cristo sobre o amor ao próximo, a solidariedade fraternal e a compaixão. 
Com elas, mudamos as energias em torno de nós, instalamos o otimismo renovador, sintonizamos com Espíritos que nos renovam as forças e nos resgatam das armadilhas dos pensamentos ansiosos. 
Pensemos nisso. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1, item A ansiedade, do livro O Homem Integral, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 18.8.2022.

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