Milhões de pessoas ficaram com os olhos fixos na tela da televisão, no mundo inteiro, naquele momento especial em que Neil Armstrong e Edwin Aldrin pisaram o solo lunar pela primeira vez.
Durante 21 horas, eles permaneceram em solo lunar, onde colocaram uma bandeira americana, uma câmara de TV, entre outras coisas, e colheram 27 kg. de amostras de pedras e poeira.
A conquista emocionou.
Concretizava-se ali o que fora iniciado em 1880, com a teoria do voo espacial, desenvolvida por um professor primário do interior da Rússia.
Desde então, a conquista do espaço se acirrou.
Satélites artificiais se multiplicaram.
Satélites para observações meteorológicas, orientação da navegação aérea e marítima e para telecomunicações.
A preocupação bélica não foi desconsiderada e se passou à realização de testes militares siderais, preparando-se o homem para uma possível guerra nas estrelas.
Ante tantas conquistas, contemplamos o homem que vive tão próximo de nós e nos surpreendemos com as outras tantas que ainda nos faltam alcançar.
Ainda não conseguimos descobrir vacinas e medicamentos eficazes para várias enfermidades.
O câncer, a tuberculose, a AIDS são fantasmas horripilantes para todos os que trabalham na área da saúde.
A fome, a desnutrição são desafios constantes.
Os chamados "acidentes genéticos" ainda se apresentam como uma incógnita para os estudiosos.
Todos os dias, médicos e enfermeiros percebem vidas preciosas se esvaírem.
E esse mesmo homem que conquista o espaço, planeja estabelecer-se em Marte, atravessar as distâncias siderais, está inquieto.
Não realizou ainda a viagem mais importante de toda sua vida.
A viagem para dentro de si mesmo, para se descobrir como filho de Deus, Espírito imortal, fadado à perfeição.
Por isso mesmo, permanece inquieto e atormentado.
As conquistas tecnológicas não conseguiram lhe aquecer o coração.
E bastaria tão pouco: que ele contemplasse as estrelas com olhos de ver, que descobrisse Deus nas coisas mais simples às mais complexas, até incompreensíveis para o seu pálido raciocínio.
Que aprendesse a orar com sentimento e viver com dignidade.
Que se interessasse um pouco mais pelos tesouros imperecíveis do Espírito, e se recordasse que além e acima de tudo, reina Deus, o Pai de todos nós, que nos ama e nos sustenta.
Você sabia?
...que o primeiro ser vivo colocado no caminho das estrelas foi uma cachorra russa de raça Laika, um cão esquimó?
E que seu nome era Crespinha?
E que a pesquisa espacial é uma grande aliada da Astronomia, da Física e da Filosofia?
Isto porque o que verdadeiramente mobiliza cientistas de várias partes do globo é o desejo de compreender o Universo e a si mesmo.
Redação do Momento Espírita, com dados colhidos no texto O homem na lua, do Almanaque Abril, ano 1992, ed. Abril.
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