quinta-feira, 22 de julho de 2021

GENTILEZA SEMPRE!

CLÉLIA, MORADORA DE RUA
Ela é moradora de rua há mais de vinte anos. 
Tem uma índole que prima pela gentileza. 
Aproveita todas as oportunidades para ser útil. 
Ora é um deficiente visual, que apresenta certa dificuldade, para a travessia de grandes avenidas, em uma cidade de tráfego intenso. 
De outra feita, é alguém que busca determinado endereço e encontra nela a disposição para a precisa indicação. 
Segundo os comerciantes da região onde costuma ser vista, Clélia é alguém sempre pronta a ajudar. 
Zela para que ninguém provoque estragos nos carros estacionados nas ruas. 
Também para que outros não realizem atos de vandalismo nas lojas próximas. 
Ela já foi entrevistada em reportagem a respeito dos moradores de rua.
Como muitas outras pessoas, eles sofrem certo preconceito. 
São temidos por alguns, que os veem transitando de um lado a outro, parecendo sem rumo. 
Em verdade, desconhecemos os motivos pelos quais alguém é levado a morar na rua. 
Já nos indagamos se foram expulsos de casa? 
Se foram obrigados a deixarem o lar por alguma circunstância? 
Clélia não revelou os motivos que a isso a conduziram. Mas a forma como fala, como trata aos demais, nos diz que aprendeu boas maneiras, e tem certa instrução. 
Sua filosofia de vida inclui, sem dúvida, ajudar aos outros porque dessa forma, afirma, todos somos ajudados. 
De tudo, ressalta a sua gentileza para com todos. 
* * * 
A gentileza é uma forma de atenção, de cuidados, uma amabilidade que torna os relacionamentos humanos mais agradáveis. 
É uma virtude que todos podemos praticar, não importando onde vivamos, com quem convivamos. 
No transporte público sempre podemos ceder nosso lugar a quem necessite, mesmo que o assento em que estejamos não seja classificado como preferencial. 
Podemos nos habituar a agradecer às pessoas que nos prestam pequenos favores. 
Não somente dizer um Obrigado mecânico, mas determo-nos um instante para sorrir enquanto pronunciamos a palavra mágica da nossa gratidão.
Podemos criar o hábito de cumprimentar as pessoas que encontramos, nas vias públicas ou em outros locais. 
Também a nos desculparmos pelos esbarrões involuntários, por descuidarmos de manter uma porta aberta para quem vinha logo atrás. Praticarmos a gentileza de permitir a ultrapassagem ou a passagem ao carro que sinaliza para a troca de faixa. 
E, no lar, em especial, nos acostumarmos a agradecer a quem o higieniza e organiza, providencia a roupa lavada e passada, o alimento à mesa. 
A quem nos espera, nas horas tardias, aguardando que cheguemos. 
E, muito importante, acostumarmo-nos a tecer elogios pelo aposento florido, o toque delicado, aqui e acolá. 
A gentileza deve se revestir de sinceridade e simplicidade e colabora, intensamente, para melhorar o convívio familiar, profissional, social. 
Uma atitude simples que faz a diferença. 
Aprendamos a expressar nosso amor e disposição de forma clara e direta, com nobreza e elegância de propósito. 
Sejamos gentis sempre. 
Redação do Momento Espírita, com base em fato. 
Em 22.2.2020.

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