CHICO XAVIER E DIVALDO PEREIRA FRANCO |
Ao ceder o lugar no transporte coletivo a um idoso, você não realiza um gesto de cortesia somente. Atende a um corpo cansado, poupando as energias de quem poderia ser seu avôou seu pai.
Se você oferece auxílio na condução de um volume qualquer, poupando aquele que o carrega, não pratica unicamente uma delicadeza. Contribui fraternalmente para a alegria de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.
Utilizando a boa palavra em qualquer situação, você não atende exclusivamente à finura do trato. Realiza entre os ouvintes o culto do verbo são, donde brotam proveitosos e salutares ensinamentos.
Silenciando uma afronta em público, você não demonstra apenas refinamento social. Poupa-se ao diálogo violento, que dá margem a ódios irremediáveis.
Se você oferece agasalho a quem necessita, não só atende à delicadeza humana, por filantropia. Amplia a cultura da caridade pura e simples.
Ao sorrir, discretamente, dando oportunidade a um desafeto de refazer a amizade, você não age tão-somente em tributo à educação. Apaga mágoas e ressentimentos, enquanto "está a caminho com ele".
Procurando ajudar um enfermo cansado a vencer um obstáculo, você não age apenas por uma questão de gentileza. Coopera para que a vida se dilate no debilitado, propiciando-lhe ensejos evolutivos.
Atendendo uma criança impertinente que o incomoda, num grupo de amigos, você não se situa só na formosura da conduta externa. Liberta um homem futuro de uma decepção presente.
No exercício da gentileza, a alma dilata recursos evangélicos e vive o precioso ensino do Mestre ao enfático doutor da Lei, com afabilidade e doçura, quando Ele afirmou:
-“Vai e faze o mesmo!”
* * *
No exercício da afabilidade e da doçura, que atrairá para você as correntes da simpatia, use a compaixão para com todos e guarde, acima de tudo, a boa vontade e a sinceridade no coração.
Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no estímulo ou no aviso, acenda a luz do amor no coração.
A doçura é essa gentileza das maneiras, uma das formas de benevolência para com o nosso próximo, caracterizada pela disposição de acolher o outro como alguém a quem queremos bem.
É uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera.
A doçura, a afabilidade, atraem. A dureza, a cólera, afastam.
* * *
Cultive a brandura sem afetação; e a sinceridade, sem espinhos.
Somente o amor sabe ser doce e afável, para compreender e ajudar, usando situações e problemas, circunstâncias e experiências da vida, para elevar o Espírito eterno ao templo da luz Divina.
Se algo sobre a Terra merece o nome de felicidade, é aquela íntima satisfação, aquele íntimo sentimento moral que resulta do emprego das faculdades na pesquisa da verdade e na prática da virtude.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Gentilezas
salvadoras, do livro Glossário espírita-cristão, pelo Espírito
Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal
e no cap. Afabilidade e doçura, do livro Escrínio de luz, pelo
Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. O clarim.
Em 21.6.2013.
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