terça-feira, 20 de abril de 2021

AS FORÇAS DO AMANHÃ

EMMANUEL E CHICO XAVIER
Ninguém vive só. 
Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais. 
Nossos atos possuem linguagem positiva. 
Nossas palavras influenciam à distância. 
Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros. 
Ações e reações caracterizam-nos a marcha. 
Assim, é necessário saber que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam. Nossa conduta é um livro aberto que denuncia nossa condição interior. Muitos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções. Quantas frases, aparentemente inexpressivas, que saem da nossa boca e estabelecem grandes acontecimentos. A cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal. Dirigentes arrastam dirigidos. Administrados inspiram administradores.
Qual caminho nossa atitude está indicando? 
Um pouco de fermento leveda toda a massa. 
Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial. 
Cuidado, pois, com o alimento invisível que você fornece às vidas que o rodeiam. Em momentos de indignação, uma palavra mal colocada pode ser o estopim para induzir o próximo ao cometimento de desatinos de conseqüências irreversíveis. Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando na vida alheia dores e humilhações intensas. O pai que não cumpre os compromissos assumidos com os filhos pode suscitar neles a idéia de que não é importante manter a palavra dada. Esse exemplo negativo pode multiplicar-se por gerações. O chefe que não assume a responsabilidade pela orientação que dá aos subordinados instala a desconfiança em sua equipe. Em momentos de crise, a ausência de coesão no ambiente de trabalho pode levar uma empresa à falência, em prejuízo de toda a coletividade. 
Por outro lado, comentar as virtudes de alguém que cometeu um pequeno deslize talvez faça cessar a maledicência. Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio e a paz, exteriorizando isso mediante atos e palavras, faz murchar a insânia dos demais. 
Não raro tal conduta provoca um generalizado constrangimento, pela imediata e coletiva percepção do equívoco em que se incidia. Não há nada como a grandeza alheia para fazer o homem perceber sua própria pequenez. Defender corajosamente os mais fracos quiçá tenha o condão de motivar outras pessoas a também protegerem os desvalidos. Manter-se honesto e íntegro, mesmo em face das maiores tentações, talvez seduza outros para a causa do bem. A visão da generosidade em franca atividade é um grande consolo, em um mundo onde o egoísmo grassa. Por se afigurar admirável a prática de virtudes, há tendência de alguém genuinamente virtuoso ser admirado e imitado. 
Nosso destino se desdobra em correntes de fluxo e refluxo. As forças que exteriorizamos hoje, potencializadas pelos atos que inspiramos, voltarão a nossa vida amanhã. 
Desse modo, nunca é demais prestar atenção no testemunho que damos.
Será nossa presença um fator de equilíbrio no mundo? 
Por força da Lei de Causa e Efeito, que opera no Universo, recebemos o que damos. 
Se desejamos paz, compreensão e conforto, devemos oferecê-los ao próximo, por meio de nossos sentimentos, atos e palavras. 
Pensemos nisso. 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIII do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. O Clarim.

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