quarta-feira, 7 de agosto de 2019

ERRO COLETIVO

É comum ouvir alguém reclamar a respeito da presença de uma pessoa complicada em sua vida. Pode ser algum parente, vizinho ou colega de trabalho. Em geral, está presente o raciocínio de que a vida seria boa sem os problemas trazidos por aquela pessoa. Por vezes, há até alguma indignação com quem tem dificuldades físicas ou psíquicas. Quem é convocado ao auxílio e à compreensão não raro se sente indignado. Entretanto, urge refletir que a Lei Divina é perfeita. Ela estabelece a felicidade e o equilíbrio como naturais resultados da observação de seus preceitos. Por outro lado, toda violação dos estatutos cósmicos enseja problemas. Contudo, o erro raramente é individual. O defraudamento dos deveres de honestidade, pureza e respeito ao semelhante costuma surgir de um contexto complexo. Quando alguém comete desatinos, de ordinário tal se dá sob o influxo de vários envolvidos. Esses podem ser os pais, que não cumpriram a contento seu dever de educação. Deixaram-se levar por múltiplos afazeres e não deram ao filho a atenção e as orientações necessárias. Ou então, foram amigos que incentivaram ao vício. Quem sabe, irmãos ou outros parentes que deram maus exemplos. Talvez, um namorado ou namorada que fez falsas promessas e gerou grande dor moral. O certo é que poucas vezes alguém erra sozinho, sem a influência de terceiros. Ocorre que é da lei que quem cai junto se reerga em conjunto. Os partícipes do erro são naturalmente convocados a auxiliar no reajuste. Conforme o grau de sua participação na derrocada moral, devem colaborar no soerguimento. Assim, a presença de alguém complicado em sua vida não é uma injustiça e nem fruto do acaso. Justamente por isso, não procure saídas fáceis ou desonrosas. Libertar-se de uma situação constringente não é o mesmo que fugir dela. A Lei Divina é perfeita e ninguém consegue ludibriá-la. A atitude de fuga apenas denota rebeldia e complica a situação do devedor. Para se libertar de semelhante conjuntura adversa, somente mediante o exercício da fraternidade. Faça o seu melhor no auxílio aos que o rodeiam. Ampare física e moralmente os que se apresentam frágeis e viciados, do corpo e da alma. Saiba que a paz em sua vida será o resultado natural da consciência tranquila pelo dever bem cumprido. E, principalmente, cuide para não induzir ninguém a trilhar caminhos indignos. Preste atenção no que diz e faz, a fim de não ser partícipe de atos torpes. Muitos testemunham seus atos e palavras e podem ser influenciados por eles. Mesmo sem desejar, você pode assumir graves responsabilidades e complicar seu futuro.
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 28.04.2010.

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