terça-feira, 8 de janeiro de 2019

APÓS A TEMPESTADE

Não são muitas as pessoas que reconhecem o valor da mensagem impressa, atribuindo aos livros pouca ou nenhuma importância. Assim pensam, sem imaginarem o que seria dos ensinos de Jesus se os Evangelistas não os tivessem anotado e entregue à posteridade. E da filosofia de Sócrates, sem os escritos de seu discípulo Platão. O tempo ter-se-ia encarregado, com certeza, de os diluir nos séculos, eis que todas as histórias que somente vivem na memória das criaturas e são passadas oralmente, de geração a geração, acabam por se tornar lendas, cujo fundo de verdade é bem difícil de ser identificado. Há algum tempo, uma jovem senhora vivia um drama familiar imenso. O marido a abandonara e ela não dispunha de meios para garantir o sustento dos três filhos menores. Lesada no afeto e sem vislumbrar melhores perspectivas, resolvera abandonar a vida física. Arquitetou uma estratégia e conseguiu uma substância corrosiva para realizar o seu intento. Enquanto retornava ao lar, acariciando no bolso a porção fatídica, passou por uma banca de livros espíritas e a capa de um determinado livro lhe chamou a atenção. Aproximou-se, abriu-o e leu alguns títulos. O atendente, vendo-a devolver o livro à prateleira e fazer o gesto de quem iria se retirar, perguntou-lhe se não desejava levar a obra. Timidamente, ela se desculpou, dizendo que não dispunha de dinheiro. O jovem, sensibilizado, tomou do volume e o colocou nas mãos da senhora, presenteando-a. Ela se foi com a obra intitulada Após a tempestade. Chegando em casa, pensou em ler uma página. Seria a sua despedida do mundo. Folheou-o e surpreendeu-se com um título: Suicídio. Sentou-se e leu atentamente as observações ali contidas a respeito dessa fuga da vida. Ao concluir a leitura, a vontade de matar-se já havia passado. Virou a página e leu outra mensagem, e outra mais, até que se deu conta de que tinha lido várias e seu estado de ânimo mudara. As lágrimas lhe brotavam com abundância dos olhos. Havia motivos para viver: Deus a amava e ela era responsável por três vidas, além da sua própria. A vida é patrimônio divino e não deve ser malbaratada. Dispôs-se a prosseguir vivendo. Os meses escoaram e a situação se transformou. Conseguiu um emprego. Voltou-se para a religião, ela que até havia se esquecido de orar. Cinco anos depois, sua vida se reestruturara e ela seguia feliz. Cinco anos... após a tempestade. 
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Muitos livros existem à disposição de almas aflitas e seres sedentos de orientação. Livros grandes, pequenos, opúsculos. Todos servem ao objetivo do amor divino: atender os Seus filhos que vivem o infortúnio, para que se redescubram e descubram o amor que nunca perece. 
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O livro nobre, impresso ou virtual, pode ser considerado pão da vida. É preparado com o trigo da sabedoria para sustentar as criaturas, todos os dias. Difundir o bom livro é espalhar esperanças no mundo. As almas sofridas nele encontrarão sempre repouso para as suas fadigas e a luz do conhecimento para as suas mentes. Pensemos nisso e nos empenhemos em divulgar os bons livros. 
Redação do Momento Espírita, com base em fato extraído do Divulgador do livro espírita, de maio de 1998, a respeito do livro Após a tempestade e nos verbetes Livro e Livro espírita, do livro Repositório de sabedoria, v.2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 8.1.2019.

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