AMÉLIA RODRIGUES |
O mergulho de Jesus nos fluidos grosseiros do orbe terráqueo, é a história da redenção da própria humanidade, que sai das furnas do “eu”, para os altos píncaros da liberdade.
Vivendo os reinados de Augusto e Tibério, cujas vidas assinalaram com vigor inusitado a história, o Seu berço e o Seu túmulo marcaram indelevelmente os tempos.
Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de um censo, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas.
E não se afastou, jamais, da diretriz inicial assumida: a de servo de todos.
Jesus concedeu ao verbo servir um significado todo diferente .
-Como o maior de todos pôde fazer tal afirmativa?
Questionam os apressados.
-Servo de todos? Colocar-se como um subalterno, uma pessoa menor, que apenas serve?
Ora, os grandes do mundo sempre foram servidos, e jamais servos de alguém!
E tal compreensão ainda é atual, infelizmente, no orbe terrestre: a de que aqueles que têm mais, intelectualmente, financeiramente, precisam ser servidos, e não servir.
Talvez, se compreendêssemos melhor a proposta milenar do Cristo, veríamos que estamos no caminho oposto à felicidade, quando assim pensamos.
É muito lógico pensar que, quem tem mais, pode e precisa dar mais; que aqueles que têm maiores condições na esfera da inteligência, devem colocá-la a serviço dos menos capacitados.
Essa é uma das propostas do Cristo, não só em Seu verbo, mas enraizada em Suas ações.
O Ser mais perfeito que esteve na face da Terra, esse Espírito que já alcançou os patamares evolutivos que todos almejamos, veio à Terra para servir!
Os grandes servem! Eis a lição clara, que precisa tomar espaço em nosso íntimo.
Não há humilhação alguma em servir, em ser servo! São os preconceitos da alma humana que criaram esta impressão falsa.
Assim, se queremos ser grandes, se desejamos construir uma felicidade madura, real, o caminho de servir é fundamentalmente seguro e necessário.
* * *
DIVALDO PEREIRA FRANCO |
Quando se aproxima mais uma celebração do nascimento de Jesus na Terra, e temos ensejo de fazer balanços e avaliações em nosso viver, recordemos da lição do servir.
Estamos servindo à nossa família como poderíamos? Estamos servindo à sociedade de forma suficiente? Estamos servindo ao bem, de acordo com o potencial que temos?
Quem conhece as lições do Cristo, e Sua grandiosidade no que diz respeito ao poder de transformação do Espírito humano, já tem muito para dar, e pode ser servidor poderoso.
Servimos, toda vez que estendemos a mão a quem precisa.
Servimos, sempre que contribuímos para o sorriso dos outros, ao invés de provocar o choro amargo.
Servimos, toda vez que cumprimos com os deveres de pai, de mãe, de filho.
Servimos, sempre que escolhemos o bem, o entendimento, a conciliação, nas disputas inter-relacionais ao nosso redor.
Seja servo de todos e seja mais feliz.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Boas novas, do livro Primícias do Reino, pelo Espírito
Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 14.12.2017.
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