domingo, 19 de fevereiro de 2017

CRESCENDO JUNTOS

Ao nos prepararmos para receber um filho em nossos braços, uma das grandes preocupações é a questão da educação. Perguntamos-nos que tipo de educação iremos oferecer, quais valores haveremos de transmitir. Se analisarmos sob outro ângulo, podemos perceber o quanto educar um filho é capaz de nos transformar, de nos educar indiretamente. Quando os filhos chegam ao lar, despertam em nós sentimentos adormecidos em nossa alma. Mostram-nos um amor antes desconhecido. É hora de aprendizado e também de muitos desafios. É o momento de treinar o desprendimento, a tolerância e a doação de si próprio. Passamos a desejar a conquista de muitas virtudes que ainda não possuímos. Quando são pequenos, naturalmente, a principal preocupação é com as questões básicas de sobrevivência. Manter a pequena criança alimentada e protegida, fazendo com que se sinta amada através dos diversos cuidados. Quando ela começa a interagir com o mundo, nos brindando com os primeiros sorrisos, é um dos momentos em que começamos a ficar mais atentos ao nosso comportamento, às atitudes e à fala. Afinal, serviremos de modelo. Passamos a repensar o nosso vocabulário. Analisamos palavras ou expressões que possam ser substituídas ou simplesmente abolidas. Ficamos mais atentos ao tom com o qual nos referimos aos outros, à maneira como tratamos o outro, ao conteúdo dos diálogos. Isso porque estamos sendo observados o tempo todo. A coerência entre palavras e atitudes talvez seja uma das questões mais cobradas pelos pequenos. Cobram-nos, com frequência, que façamos exatamente o que falamos, do contrário, nossa palavra perde o valor. Viver a verdade, se antes não era essencial, a partir dessa nova etapa, passa a ser. E à medida que vão crescendo, formando a sua própria identidade ensinam-nos muito. Quando a vida nos dá oportunidade, mostram atitudes tão maduras que chegam a nos surpreender. Fazem-nos questionar a nossa conduta diante de diversas situações. Fazem-nos enxergar que poderíamos ter agido de outra forma, que aquela talvez possa não ter sido a melhor escolha. Apontam nossos erros, nos colocam frente nossas próprias fraquezas e dificuldades pessoais. E, a partir do momento em que reconhecemos essas imperfeições, principiamos a desejar a mudança e trabalhar para conquistá-la. 
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Como pais, temos a missão de educar os filhos, orientá-los no caminho do bem e prepará-los para o mundo. Tenhamos a certeza de que os filhos vêm também com essa missão, a de nos educar. Eles nos impulsionam ao caminho do autoconhecimento, do aprimoramento e da superação de várias dificuldades. Ensinam-nos a abnegação e nos despertam os mais nobres sentimentos. Se nos entregarmos de coração a essa Divina tarefa, estaremos também nos educando e, ao final, sairemos moldados, lapidados e aperfeiçoados. Entre erros e acertos, aprendemos muito com nossos amados filhos. Carreguemos em nossos corações a gratidão a Deus, que nos permite, através da maternidade e paternidade, mais essa oportunidade de crescimento pessoal. 
Redação do Momento Espírita. Em 05.08.2011.

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