terça-feira, 19 de agosto de 2025

MISERICÓRDIA E JUSTIÇA

O Espiritismo ensina que Deus rege o Mundo com base em leis perfeitas, plenas de justiça e misericórdia. 
Nenhum ato moral de Suas criaturas fica sem consequências.
Sempre há a justa resposta, dada no tempo certo.
Como se trata de um Pai amoroso, a incidência de Suas leis objetiva o aperfeiçoamento de todos. 
A opção pelo bem é sempre premiada com maiores recursos.
Uma atmosfera de paz e oportunidades forma-se ao derredor de quem se esforça em ser digno e bondoso. 
De tempos em tempos, o amante do bem é defrontado com testes, a fim de que cresça ainda mais. 
Mas sempre com o devido amparo das forças celestes. 
O equivocado também segue sob os auspícios do Alto. 
Ao longo dos séculos, os equívocos preponderaram. 
Muitos se permitiram atos de pirataria e rapinagem, pelos quais semearam a tragédia na vida do semelhante. 
Outros lucraram com a escravidão. 
Houve guerras e perseguições de índole racial e religiosa.
Não raros se dispuseram a desempenhar o triste papel de sedutores, na busca de prazeres efêmeros. 
Ainda hoje, há quem faça da fé objeto de comércio. 
Na política, persiste a busca do interesse próprio, por trás dos belos discursos. 
Todos esses desatinos são objeto de minucioso registro na consciência de cada um. 
A fim de permitir o soerguimento moral, a misericórdia divina providencia o esquecimento. 
A cada encarnação, o Espírito tem a oportunidade de recomeçar. 
Contudo, o registro do que ele fez persiste indelével em sua estrutura íntima. 
As figuras genuinamente virtuosas são um tanto raras na história da Humanidade. 
Assim, para o homem comum a recordação plena do que viveu no curso dos milênios seria desastrosa. 
Se todas as consequências de seus atos o atingissem de uma vez, ele não resistiria. 
A excelsa compaixão, atenta à fragilidade humana, permite que se pague no varejo o débito contraído no atacado. 
Ela consente que o Espírito esqueça o mal que fez e se reconstrua no bem, mediante pequenas lutas e conquistas.
Entretanto, é necessário realmente optar pelo bem. 
Após tantas existências, para a Humanidade terrena o tempo urge. 
Uma nova era de paz e responsabilidade se avizinha e é preciso ser digno dela. 
O momento reclama uma boa aplicação dos próprios talentos. Como a reabilitação é necessária, um contínuo abuso da misericórdia funcionará como um clamor para a incidência da justiça. 
Ciente disso, reflita sobre o que tem feito dos recursos amorosamente depositados em suas mãos pelo Excelso Poder. 
Pondere que o auxílio ao próximo é um dever, não um favor. 
A Providência desde sempre lhe ampara os passos enquanto aguarda que você aprenda justamente a lição da fraternidade.
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 06.04.2009.

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